O site mexicano da marca é assertivo: "'podem participar todas as pessoas do sexo masculino maiores de 18 anos".
Textos parecidos também estão no site da Axe dos outros países que restringem a possibilidade de virar astronauta aos homens. De acordo com a assessoria de imprensa da Axe no Brasil, os documentos foram escritos pelas filiais, respeitando as leis e as especificidades de cada país. Porém, em comunicado da Unilever mundial, a empresa assume que após a revisão, alguns mercados estão modificando os seus textos.
"A Unilever avisou ao marketing de todas as regiões que o concurso é aberto a homens e mulheres. Após análise, alguns países estão revisando os Termos e Condições", diz a multinacional em comunicado. No Brasil, desde o início, a promoção não tem restrições quanto ao gênero.
Participante do concurso, a norueguesa Tale Sundlisaeter lamentou a proibição da participação de mulheres em alguns países.
"A competição reflete os valores culturais do país. Portanto, ela é mais profunda e maior do que a viagem ao espaço. Ela irá destacar o fato de que essa mentalidade não deve ser aceita!", afirmou à Folha.
Sundlisaeter recebeu quase 3 mil votos até agora e é a segunda colocada na votação do site norueguês da promoção. Até o fechamento dessa matéria, três dos dez americanos mais votados no site dos EUA eram mulheres.
Veja os "Termos e Condições" dos países que proíbem a participação de mulheres na promoção Axe Apollo Space Academy (textos em inglês, espanhol e árabe):
MÉXICO
KUAIT
INDONÉSIA
EMIRADOS ÁRABES
Fonte: FOLHA.COM
