Política

Programa de demissão voluntária deve abranger 1,4 mil servidores

O programa de demissão voluntária pelo governo deve abranger ao menos 1,4 mil servidores lotados nas seis empresas públicas que serão extintas. Mais da metade de desse número está concentrada em duas entidades. 

O Circuito Mato Grosso conseguiu a soma dos funcionários que serão exonerados de cinco empresas. Os maiores cortes devem ocorrer na Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), com a demissão de 662 pessoas, e na MTI (Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação), com 503. 

Também estão na lista 103 servidores lotados na Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração), 101 na MT (Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso), e 31 na Ceasa (Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso). 

O programa de demissão voluntária está previsto na proposta de reforma administrativa enviada, na quinta-feira (10), pelo governador Mauro Mendes para votação na Assembleia Legislativa. Sem dar detalhes sobre a medida, o governador afirma que os cortes integram o plano de redução dos gastos da máquina pública a exemplo da redução de secretarias executivas de 24 para 15. 

O governo calcula o desencargo de R$ 140 milhões com as demissões de três mil servidores em cargos comissionados. No caso, das empresas públicas, os servidores de carreira serão realocados para outras funções em áreas distintas. 

A lista das empresas públicas que serão extintas fecha com a Agem (Agência de Desenvolvimento Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá). 

Manifestação 

A decisão do governo começou a gerar repercussão de entidades representantes trabalhistas. Ontem (12) o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas e Órgãos Públicos e Privados de Processamento de Dados, disse, em nome dos servidores da MTI, que foram pegos de surpresa com a decisão do governador Mauro Mendes de extinção. 

Uma nota publicada no começo da noite diz que a MTI, em 45 anos de fundação, alcançou melhores resultados na área de tecnologia da informação (TI) no Estado, e a restrição de ação nos últimos deve-se a decisões de governos de reconfigurar sua função. 

“Nas últimas décadas, a MTI foi afetada por gestões estaduais que impactaram na sua forma de atuação e definição de prioridades. A alternância na forma de atuação dos gestores estaduais impediu a MTI de manter padrões de prestação de serviços e continuidade de projetos estruturantes de tecnologia, o que impactou diretamente na qualidade dos serviços prestados. Em Mato Grosso há inúmeras leis que tratam da política de Tecnologia da Informação. Contudo, o não funcionamento do Sistema Estadual de Tecnologia – que atribui para a Secretaria de Planejamento (Seplan) a gestão da tecnologia, e para a Secretaria de Gestão a aquisição de equipamentos e serviços deixando para a MTI a responsabilidade de operacionalizar os sistemas e a infraestrutura corporativos do Governo têm trazido prejuízos”. 

“O atual plano de governo menciona novos investimentos na modernização planejada da infraestrutura da MTI com vistas à centralização do armazenamento de dados e a gestão da TIC dos órgãos do Governo. Nós servidores, acreditávamos que seria meta desta gestão e fomos surpreendidos com a notícia de extinção da MTI”, complementa. 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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