Esta é a primeira assembleia da categoria e, de acordo com o Sindicato dos Profissionais da Educação Pública (Sintep-MT), os profissionais deverão avaliar o movimento grevista e definir um calendário de mobilizações.
A categoria alegou, recentemente, que o Governo estaria com “má vontade” quanto a negociar com os grevistas. No último dia 16, por exemplo, representantes do Sintep se reuniram com o secretário de Educação, Ságuas Moraes, mas não houve avanços nas negociações.
Na ocasião, o secretário afirmou que era inviável atender todas as demandas da categoria, mas assegurou a convocação de 1.336 profissionais aprovados no último concurso público do Estado.
O calendário de convocação apresentado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no entanto, não agradou aos representantes do sindicato. Eles questionam, por exemplo, o fato de que professores serão chamados somente em 18 de novembro.
“Os professores serão chamados próxim0o ao final do ano letivo. Ou seja, a falta de professores nas escolas estaduais e todo o problema que isso envolve, o governo espera resolver apenas em 2014?”, questionou o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes.
Além da convocação, durante a reunião foram discutidas outras pautas para a educação e o Sintep está no aguardo de que o Estado encaminhe novas propostas à categoria.
Enquanto 739 escolas estão em greve com aproximadamente 440 mil alunos fora das salas de aula.
A assembleia acontece a partir das 14h, desta segunda (26), na escola Presidente Médici, em Cuiabá.
Reinvindicações
A categoria exige a aplicação dos 35% dos recursos do Estado em educação, a realização de concurso público, cumprimento da hora-atividade, investimento nas unidades escolares e compromisso de valorização profissional do trabalhador por meio da dobra do poder de compra em um prazo estabelecido de no máximo sete anos.
"Exigimos uma política de estado, que transponha a política de governo. Quando se fala em Ensino Médio, nós temos além da ausência de instrumentos pedagógicos a falta de investimentos concretos em infraestrutura e pessoal", declarou Lopes.