Os professores que estão em greve no Paraná há seis dias fazem uma passeata na manhã desta sexta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho, para demostrar a indignação da categoria após o confronto de quarta-feira (29) em Curitiba que terminou com mais de 200 feridos. Os professores se concentraram por volta das 10h na Praça 19 de Dezembro e seguiram em direção ao Centro Cívico.
De acordo com Hermes Leão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (APP-Sindicato), até as 12h20 10 mil pessoas participam do protesto. Já a Polícia Militar (PM), contabilizou três mil participantes no mesmo horário.
Os professores que estão em greve no Paraná há seis dias fazem uma passeata na manhã desta sexta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho, para demostrar a indignação da categoria após o confronto de quarta-feira (29) em Curitiba que terminou com mais de 200 feridos. Os professores se concentraram por volta das 10h na Praça 19 de Dezembro e seguiram em direção ao Centro Cívico.
De acordo com Hermes Leão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (APP-Sindicato), até as 12h20 10 mil pessoas participam do protesto. Já a Polícia Militar (PM), contabilizou três mil participantes no mesmo horário.
O clima de tensão com bombas de efeito moral, jatos d'água, spray de pimenta e gás lacrimogêneo durou quase duas horas na praça em frente à Alep. Entre os feridos estavam um cinegrafista da TV Bandeirantes, que foi mordido por um cão da polícia, e um fotógrafo da Gazeta do Povo foi atingido por dois tiros de bala de borracha.
O projeto de lei ao qual os professores são contra promove mudanças no custeio da ParanaPrevidência, o regime próprio da Previdência Social dos servidores paranaenses.
A proposta foi aprovada em redação final na quarta e sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB) na quinta (30). Com a sanção, a lei entra em vigor assim que publicada em Diário Oficial, o que deve ocorrer nos próximos dias, segundo o governo.
O objetivo do projeto, ainda de acordo com a administração estadual, é dar fôlego ao caixa do governo, proporcionando economia de R$ 125 milhões por mês.
Em janeiro deste ano, a ParanaPrevidência pagava R$ 502.185.821,98 mensais em aposentadorias e pensões nos três fundos que a compõem: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário.
Para os professores, a mudança compromete a saúde financeira da ParanaPrevidência, ou seja, faria que, com o tempo, a instituição tivesse mais a pagar do que a receber.
O projeto
Pela proposta, 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais serão transferidos do Fundo Financeiro para o Previdenciário. O Fundo Financeiro é bancado pelo governo estadual.
Já o Previdenciário é composto por contribuições dos servidores estaduais. Com essa mudança da origem do custeio, a administração economizaria mensalmente os referidos R$ 125 milhões.
O governo afirma que o Fundo Previdenciário está capitalizado em mais de R$ 8,5 bilhões em investimentos. Afirma que serão preservadas todas as garantias dos funcionários públicos, e que os cálculos atuariais realizados pelos técnicos garantem a solvência do sistema por 29 anos.
O projeto ainda prevê que o Fundo Previdenciário terá ainda o aporte de R$ 1 bilhão a partir de 2021, com o reinício de repasse ao Estado dos royalties da usina de Itaipu, que garantiria a solvência do sistema por pelo menos 29 anos.
Esta foi a segunda tentativa do governador Beto Richa de aprovar mudanças na ParanaPrevidência. Em fevereiro, ele retirou outro projeto apresentado na Assembleia e fez modificações antes de submetê-lo novamente à votação, após os professores estaduais invadirem o plenário da Assembleia em meio à votação.
Fonte: G1