"A greve não terminou ainda por irresponsabilidade do governador Silval Barbosa que está trabalhando a questão da paralisação do ponto de vista pessoal. Esta semana ele não aceitou a articulação da categoria junto a Assembleia Legislativa", pontuou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Henrique Lopes do Nascimento.
A assembleia geral foi realizada com a quadra esportiva da Escola Estadual Presidente Médici lotada. Trabalhadores em greve a Capital e interior estiveram presentes para traçar os rumos do movimento.
De acordo com as votações está mantido o acampamento ao lado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Cuiabá, serão realizadas reuniões locais com diretores e assessores pedagógicos informando sobre os direitos trabalhistas frente às ameaças de retaliação do governo, além de um calendário de atividades.
Segunda-feira (7) será realizado o "Dia do Barulho" na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e nas assessorias pedagógicas, na terça-feira (8) os educadores começam a acompanhar os trabalho na Assembleia Legislativa na sessão da tarde.
Os trabalhadores retornam ao Legislativo na quarta-feira (9) com a realização de um café da manhã. Foi deliberado o indicativo de pernoitar no local caso não haja avanços nas negociações para buscar o posicionamento oficial dos deputados.
Na quinta-feira (10) continua a atividade na Assembleia na sessão matutina. À tarde a categoria realiza assembleia geral e ato público. Está deliberado para o dia 15 de outubro o fechamento das rodovias federais simultaneamente.
A ação poderá ser antecipada para o dia 11 de outubro. Após a realização da assembleia os educadores saíram em passeata pelas ruas da Capital.
Avaliação
"Há mais ou menos 60 dias estávamos aqui e fazíamos a avaliação de que o início da greve não seria fácil. Agora podemos afirmar que estratégico para nós é ter a greve, pois é ela o principal instrumento de pressão para alcançarmos as nossas reivindicações", disse o secretário de articulação sindical do Sintep/MT Julio Cesar Martins Viana.
Para a secretária de políticas sociais do Sintep/MT Maria Celma de Oliveira o momento é de garantir a manutenção dos servidores em greve, mesmo diante das ameaças ilegais do governo. Alguns educadores utilizaram o microfone e manifestaram a continuidade da adesão ao movimento, mesmo sendo contratados.
O secretário de infraestrutura sindical do Sintep/MT Edson Evangelista dos Santos destacou a necessidade de permanecer na luta. "Nós não devemos ter medo dessas ameaças feitas pelo governo. Fui professor interino por 7 anos, presidente de subsede, secretário do Sintep/MT e nunca sofri retaliação. Isso não passa de balela, terrorismo. A gente tem que superar isso e continuar com o nosso movimento de paralisação. Essa greve ainda vai durar muitos dias e precisamos ter força para resistir", disse.
Extra MT