Professores em greve estadual estão pedindo doações para suprir necessidades básicas, que começaram a ficar desassistidas. Conforme o Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso), os meios de arrecadação vão de abertura de conta para recebimento de doações financeiras a pedido em faróis.
“Ontem (2), nós abrimos uma conta para que fosse divulgada para apoiar o movimento. Mas, os profissionais estão decidindo por eles mesmos como vão fazer isso. Alguns vão fazer rifa, outras estão pedindo no farol. A orientação do sindical é para pedir solidariedade”, disse professor Henrique Nascimento.
Segundo o sindicalista, os casos começaram em Cuiabá e já se espalham para outros municípios. Na data de fechamento de folha salarial, um bom número dos professores grevistas não sabe se terão algum dinheiro a sacar. O corte de pontos autorizado pela Seduc (Secretaria de Estado de Educação) já cobre trinta dias.
“Na verdade, a gente não sabe como ficará, se o governo vai cortar tudo ou se vai pagar alguma coisa. Não temos relato de pessoas passando dificuldades em casa, elas estão se precavendo para o que pode acontecer, pois o governo está cortando ponto até de quem está indo trabalhar”.
Na noite passada, alguns professores carregavam cartazes dizendo “a calamidade é o nosso bolso”, situação que estaria sendo causada pela falta de “salário”, “RGA” (Revisão Geral Anual) e o aumento salarial, a lei 510/2013. Hoje, outros estavam parados ao semáforo em protesto semelhante.
Na manhã de hoje (3), representantes sindicais tiveram reunião com vice-governador Otaviano Pivetta. Foi entregue ao vice a proposta do sindicato para que o governo promova um plano para quitação dos 7,69% da lei 510 até 2020 e que haja suspensão imediata do corte de pontos. Um retorno para a mesa de conversa está para sexta-feira (5).
