Cidades

Professores paralisam nesta sexta-feira contra reforma trabalhista

Professores das redes federal, estadual e municipais em Mato Grosso vão aderir ao movimento de paralisação geral nesta sexta-feira (10). O protesto tenta barrar a validação da reforma trabalhista, que entra em vigor no sábado (11).

“É um projeto que sempre estivemos contra e Congresso e o governo [federal] atropelou a gente com a aprovação, que começa a valer em um sábado. A paralisação, que terá uma manifestação no centro de Cuiabá, é para anular a homologação da reforma. As centrais sindicais estão convocando todos os professores para participar da paralisação”, disse o professor Henrique Nascimento, presidente do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso).

Os professores da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) decidiram aderir ao movimento em assembleia realizada nesta quarta-feira (8). A categoria avaliou que não faltam motivos para a paralisação: cortes sistemáticos de recursos que comprometem as atividades da universidade; 20 anos de congelamento dos recursos públicos; (contra)Reforma Trabalhista, que “fragiliza” a garantia de direitos, como reajuste salarial anual, horário de almoço, férias, carga horária definida, contrato formal com carteira assinada, entre outros.  

 “De modo geral, a avaliação dentro da universidade é de que a situação está insustentável e que a tendência é piorar. Há uma grande insatisfação com o cenário, mas ao mesmo tempo uma indisposição para construir a resistência, um sentimento de terceirização da luta. As pessoas respeitam as decisões tomadas pelas entidades que as representam e até param, mas não comparecem às atividades programadas. Enquanto nós estamos nesse processo letárgico, o Governo avança rapidamente na retirada de direitos”, disse a professora Alair Silveira, diretora da Adufmat (Associação dos Docentes da UFMT).

Conforme o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, em todo o país, diversas categorias de trabalhadores – dos setores público e privado – se organizam para mais para a manifestação.

Várias assembleias de seções sindicais do Sindicato Nacional, dos Setores das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (Iees/Imes), já deliberaram a adesão dos docentes à data que irá marcar a luta em defesa dos direitos sociais e acontecerá um dia antes da entrada em vigor da Reforma Trabalhista. Paralisações, atos, panfletagens estão programadas nas universidades municipais, estaduais, federais e nos institutos federais, em conjunto com os técnico-administrativos e estudantes.

Redação

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