Professores da rede pública do Estado decidiram manter a greve geral por tempo indeterminado em Mato Grosso com foco na cobrança do aumento de 7,69%. A decisão saiu de assembleia geral nesta segunda-feira (1º) na qual foi rejeitada a proposta do governo de aplicar a lei 510/2013 a partir de 2023.
“Está nas mãos governo, ele só não termina a greve se não quiser. Foi acordado na assembleia que se houve apresentação de proposta para o aumento dos 7,69%, a categoria está disposta a fazer assembleia de urgência para avaliar e, casualmente, pôr fim a greve. Até lá, a greve continua”, disse o sindicalista Henrique Nascimento, membro da direção do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso).
Os grevistas avaliaram duas propostas apresentadas na semana passada pelo governo. A primeira foi a de suspender o corte dos pontos e devolver os valores retirados desde início da greve, em 27 de maio, se houvesse acordo dos professores retomarem as aulas. A discussão foi mais retórica.
“A Justiça já mandou que o dinheiro seja devolvido, então para nós isso é uma questão parcialmente superada. E a proposta do governo não tem nada além de sua obrigação nesse sentido”.
A segunda era a previsão de desbloqueio à lei da dobra de compra daqui três anos e meio. O tempo, segundo Sintep, foi estimado pelo governo de retomada de um cenário econômico em que o Estado esteja em condições favoráveis para cumprir a 510/2013.
“Isso governo fizer uma proposta que garanta aplicação dos 7,69% até a próxima data base, no mês de maio, estamos dispostos a aceitar e também discutir as condições de pagamento. Mas para daqui quatro anos, ninguém concorda em esperar”.