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Professores iniciam greve no Recife por tempo indeterminado

Escolas da rede municipal do Recife amanheceram com as portas fechadas nesta segunda-feira (14), após professores decretaram greve por tempo indeterminado. Formada por quase 7 mil servidores, entre ativos e inativos, a categoria se mobiliza por melhores salários.

Na última sexta (11), a greve foi decretada em assembleia do Sindicato dos Professores do Recife (Simpere), realizada no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena, na Zona Norte da capital. Os profissionais estavam em estado de greve desde o dia 23 de abril.

Os docentes decidiram paralisar as atividades após reunião da mesa de negociação com o secretário de Educação, Alexandre Rebelo. “A data base para o nosso reajuste salarial é janeiro e, desde então, a gente tenta negociar com a prefeitura e só recebemos respostas negativas, zero reajuste”, disse a coordenadora-geral do Simpere, Cláudia Ribeiro.

Além do reajuste, os docentes cobram o cumprimento da Lei do Piso com aplicação no Plano e Cargo e Carreiras (Lei Federal-11.738/08).

“Todo ano, o MEC [Ministério da Educação] apresenta o percentual a ser aplicado no piso dos professores, em janeiro. Este ano, ficou em 6,81%. Até 4 de maio, a prefeitura não tinha informação se iria repassar ou não o percentual. Depois, disseram que só iriam aplicar o percentual no salário dos professores em início de carreira, o que dá aproximadamente 80 professores, deixando aproximadamente 6 mil sem o repasse", explicou Cláudia Ribeiro.

A categoria ainda pede paridade para os aposentados e pensionistas, abertura de novas adesões no Saúde Recife, que é o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais, construção de novas creches e melhorias na estrutura das escolas.

Segundo a coordenadora-geral do Simpere, na manhã deste primeiro dia útil de greve, 80% das escolas aderiram à mobilização. Ao todo, Recife tem quase 400 escolas e creches.

A prefeitura ainda não divulgou o balanço da greve. O G1 entrou em contato com a assessoria e aguarda também o posicionamento sobre as cobranças do movimento.

Na quarta-feira (16), o Simpere promete realizar um ato no Centro da cidade. Uma nova assembleia está marcada para a sexta (18).

Enquanto isso, os grevistas visitam escolas da rede municipal. “A tradição é fazer piquetes de greve, rodando as escolas, para conversar com professores e a comunidade, desmentindo as ameaças da prefeitura, explicando as razões e fortalecendo o movimento", disse Ribeiro.

Redação

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