As aulas na rede estadual de ensino do Paraná terão tempo de duração reduzido na próxima quinta-feira (22). A decisão de paralisação parcial da categoria foi discutida em assembleia realizada no final de semana, em Curitiba. O protesto mira projetos discutidos no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Paraná que, segundo lideranças sindicais, afetam os professores.
Conforme o presidente da APP-Sindicato em Apucarana (norte do Paraná), Arildo Ferreira de Castro, na quinta-feira os professores darão cinco aulas menores, com duração de 30 minutos cada. A possibilidade de greve total da categoria não está descartada, segundo Arildo.
Ele lembra que professores e funcionários de estabelecimentos públicos estaduais do Paraná permanecem em estado de greve desde 25 de junho. “Os projetos colocados para apreciação no Paraná e no Brasil fazem parte da mesma agenda desfavorável para para o País como um todo. Tentam transferir para a população, os servidores e os trabalhadores do setor privado o custo da crise econômica e política”, opina Arildo.
O presidente da APP-Sindicato de Apucarana acrescenta que o pacote formado pelo PL 241, a PEC 257 e as reformas previdenciária e trabalhista irão retirar direitos dos servidores municipais, estaduais e federais, dos trabalhadores da iniciativa privada e da população que utiliza os serviços públicos.
RETROCESSO
O líder sindical afirma ainda que tais medidas de caráter nacional possibilitarão ao governo economizar recursos para o pagamento da dívida pública com instituições financeiras ao custo de um grande retrocesso social e trabalhista. “Toda a população com menos de cinquenta anos será afetada com a reforma da Previdência. Professoras e professores, por exemplo, terão de trabalhar até 15 anos a mais para se aposentar”, ressalta Arildo.
Fonte: UOL