Um ato de racismo abalou a Escola Estadual Liceu Cuiabano, em Cuiabá, quando a professora Valéria Cristina da Silva Rocha foi alvo de ofensas raciais por parte de um estudante de 16 anos. Durante uma apresentação de aula no dia 30 de setembro, o aluno, enquanto a docente estava de costas, escreveu no celular a frase “Tem uma macaca falando” e, em seguida, fez outro comentário com conotação sexual, além de simular uma agressão física.
As câmeras de segurança da sala de aula registraram toda a ação, levando a professora a acionar a Polícia Militar. O estudante foi encaminhado para a Central de Flagrantes, acompanhado por seu pai.
O episódio gerou forte comoção entre os colegas de Valéria, e o Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso) se pronunciou, ressaltando a gravidade do caso e a necessidade de medidas disciplinares e educativas.
O sindicato ainda destacou que o impacto do ato vai além da professora, afetando também as alunas negras da escola e criando um ambiente de insegurança para os educadores.
O Sintep-MT defendeu punições severas, além de projetos educacionais que abordem temas como respeito e combate ao racismo. O caso é mais um exemplo do desafio enfrentado por professores no Brasil, que lidam diariamente com a falta de respeito e episódios de violência em sala de aula.