Com a libertação do professor, já são dois os manifestantes soltos por decisão da Justiça. Henrique Lima da Silva foi colocado em liberdade em 23 de julho. Outros três ativistas, no entanto, permanecem detidos por determinação judicial: Fábio Hideki Harano, Rafael Marques Lusvarghi e João Antonio Alves Roza. No total, quatro dos cinco investigados são réus acusados de crimes no processo.Apesar de a Justiça considerar que alguns dos detidos portava explosivos, laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da PM, revelaram que os objetos encontrados por policiais com Fábio e Rafael não eram bombas.
Professor
De acordo com o TJ, Jefte foi solto porque a Justiça não aceitou o pedido da polícia para converter a prisão temporária em preventiva. O tribunal informou que o alvará de soltura foi enviado ao 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, região central da capital, onde o professor estava.
Jefte é investigado no inquérito que apura associação criminosa e dano qualificado durante as manifestações. Ele é suspeito de participar da depredação de uma agência bancária e de uma concessionária de veículos em 19 de junho durante ato do Movimento Passe Livre (MPL).Naquela ocasião, o protesto havia sido convocado pelo MPL em comemoração a um ano da revogação do valor da tarifa do transporte público de R$ 3,20 para R$ 3. O ato também pedia tarifa zero.Ainda segundo policiais, Jefte também participou de atos violentos na abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, em São Paulo, e em outros protestos realizados em março, fevereiro e janeiro.
De acordo com o TJ, até esta tarde o Ministério Público (MP) não havia oferecido denúncia contra Jefte. A equipe de reportagem não conseguiu localizar o professor para comentar o assunto. Também não há informações se ele constituiu advogado para defendê-lo.A prisão do ativista foi feita pelo Deic, que também teve autorização judicial para realizar busca e apreensão na residência do detido, na Fazenda da Juta, Zona Leste de São Paulo. Segundo a equipe de reportagem apurou com policiais civis, Jefte estudou na Unicamp e atualmente daria aulas de inglês e português na Escola Estadual Professor Aroldo de Azevedo, no Jardim Planalto.
G1