Cidades

Produtor autorizado a aplicar veneno na soja tem máquinas apreendidas

 Nesta quinta-feira(14) um produtor rural denunciou um problema que está enfrentado com os grãos plantados dentro da área que foi decretada como reserva Indígena Marawatsede. José Donizete Boldrin contou durante o programa, que recebeu autorização verbal de funcionários da FUNAI para aplicação de fungicida na lavoura de soja, ele disse que estava aplicando há dois dias e que no terceiro dia a Polícia Rodoviária Federal prendeu os maquinários.
 
“A FUNAI autorizou a aplicação do veneno, até porque temos que conter a ferrugem asiática, com isso nós estávamos há dois dias fazendo a aplicação, na quarta-feira (06), tivemos os maquinários apreendidos pela PRF com a informação de que estávamos descumprindo ordem judicial”, contou o produtor que está indignado com a situação.
 
As maquinas de acordo com Boldrin foram levadas para o Posto de gasolina que está servindo de base para a Força Nacional e PRF e não há previsão de devolução. “Eu só quero que eles devolvam meu maquinário, fui aplicar o veneno com autorização, sei que foi uma autorização verbal, mas confiei e agora está tudo desse jeito, além de perder a terra ainda vou perder tudo que plantei”, lamentou o produtor.
 
Ele também contou que em uma propriedade próxima a que pertencia a ele, um produtor também havia plantado soja e estava colhendo os grãos, ele disse que uma ordem mandou que ele parasse a colheita. “Meu vizinho já estava colhendo a safra, e eles foram lá e proibiram, que país é esse?”, indagou Boldrin.
 
Ele disse ainda durante a entrevista que as pessoas mais pobres que foram retiradas da área da Suiá Missú estão passando fome. “É uma vergonha o que estamos vivendo nesse país, pessoas que eram produtoras foram transformadas em miseráveis, tiveram que se abrigar em escolas, ginásios, onde se viu isso? Eu não consigo parar de pensar nisso, essa injustiça toda não sai da minha cabeça”, lamentou o produtor.
 
Na área já foi colocado uma placa na BR -158, definindo alí como área protegida, na placa é informado que a permanência de pessoas estranhas está proibida. No Posto da Mata que era praticamente uma cidade, quase tudo foi destruído, algumas casas intactas e igrejas foram mantidas de pé, provavelmente para servirem de uso a FUNAI.
 
Fonte: Agência da Notícia
 
Foto: Reprodução

Redação

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