A Procuradoria da Câmara de Cuiabá vai analisar se o plenário pode definir como as decisões da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro, deverão ser tomadas. O pedido foi feito em reunião de sexta-feira (15) pelo relator Adevair Cabral (PSDB) após Marcelo Bussiki (PSB), presidente da comissão, rejeitar o parecer que anularia os atos que definiu os nomes a serem ouvidos durante as investigações.
Cabral já havia pedido para a Procuradoria avaliar se os atos do presidente eram válidos por serem tomados sem consulta os outros dois membros da CPI – Adevair Cabral e Mário Nadaf (PV). O relator considerou que atos são “monocráticos”. Na reunião desta sexta, Bussiki afirmou que o regimento interno da Câmara garantir que presidentes de comissões possam tomadas decisões sem consulta aos demais componentes. A ampla maioria dos vereadores fazem parte da base de apoio a Emanuel Pinheiro.
“A ideia de Adevair Cabral é que os 25 vereadores votem para saber se o Marcelo Bussiki pode decidir enquanto presidente ou se tudo ele precisa colocar em votação dos membros. A procuradoria ficou de dar um novo parecer”, afirmou a assessoria de imprensa de Bussiki.
O relator sugeriu que e o ex-prefeito Mauro Mendes e outros gestores da administração de Emanuel Pinheiro fossem convocados para as audiências durante a investigação ao prefeito. A intenção é emissão de opiniões sobre qualidade da gestão do prefeito e se o caso de pagamento de propina ao peemedebista afeta o andamento de decisões no Executivo.
Marcelo Bussiki afirma que os nomes sugeridos não tem ligação com o caso denunciado pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido) sobre suposto pagamento de propina a deputados estaduais ao longo de sua gestão, entre 2010 e 2014.