Política

Procuradoria Eleitoral libera candidatura de Selma Arruda, mas quer barrar o uso de ‘juíza’

A Procuradoria Regional Eleitoral, órgão ligado ao Ministério Público Federal (MPF), quer barrar o uso do termo “juíza” pela candidata ao Senado, Selma Arruda (PSL). A procuradoria afirma que a candidata pode induzir votos a ela com o apelo a cargo que não ocupa mais, se beneficiando do “respeito” do Poder Judiciário. A referência não pode aparecer também no registro da urna eleitoral. O caso está em agenda para julgamento na segunda-feira (24).

"[…] tem-se como acentuada a inclinação do eleitor de, primeiro, associar a imagem da pré-candidata à respeitabilidade de que goza a instituição que integrou (Poder Judiciário) e, segundo, associar a imagem da pré-candidata a cargo que não mais ocupa, em razão de sua aposentadoria voluntária", disse a procuradora eleitoral Cristina Nascimento de Melo em parece.

 Disse ainda que o uso feito pela candidata "perpetua indevidamente na cabeça do eleitor a existência de vínculo com o Poder Judiciário, o que geraria, entre outros malefícios, falsa expectativa de que, se eleito, a candidata poderá ter acesso mais fácil à estrutura do governo e ajudar os cidadãos".

A procuradora também analisou o pedido de impugnação de candidatura de Selma Arruda por suposta investigação em processo administrativo por infração grave. Ela deu parecer desfavorável a essa versão com a consideração de não haver provas concludentes para a impugnação.

 Selma Arruda aposentou do cargo de juíza no início deste ano para disputar candidatura ao Senado. Desde então, ela não evitou em entrevista que fosse chamada de “juíza” ou “juíza aposentada”. Nas últimas semanas, ela busca colar sua imagem a do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) para a chamar a atenção dos eleitores.

Redação

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