Por Lucas Bellinello
Nesta quinta-feira (14), a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) e sua inelegibilidade. As acusações envolvem caixa dois, uso indevido de meios de comunicação social e abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.
Embora o parecer tenha descartado as acusações de caixa dois e uso indevido de comunicação social, manteve a de abuso de poder econômico. A alegação é que Moro teria gastado pelo menos R$ 2 milhões na pré-campanha, representando 110% do total gasto por todos os candidatos ao Senado no Paraná.
Outro ponto desfavorável para Moro é a “mudança de nível” considerada ilícita pelo parecer. Os procuradores concluíram que a pré-campanha inicialmente voltada para a corrida presidencial foi redirecionada posteriormente para o Senado. Destacaram que a projeção nacional de uma figura pública desempenha um papel crucial, mesmo em eleições estaduais, influenciando vários aspectos do processo eleitoral.
Na última semana, o Circuito MT entrevistou Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e deputado cassado, o jurista afirmou com antecedência que o sistema iria tentar cassar Sérgio Moro, previsão que caminha para se concretizar.
“Nós observamos uma movimentação do sistema para cassá-lo (Moro). É o que ouvimos em Brasília, é o que ouvimos no Paraná”, explicou Deltan Dallagnol ao Circuito MT.
A defesa de Moro, representada pelo advogado Gustavo Guedes, discorda do parecer, mas respeita a decisão, afirmando que a improcedência ocorrerá.