Política

Procurador Mauro não é confiável, diz ex-presidente do Psol

O ex-presidente do Psol em Cuiabá, Marcos Magno de Castro Ferreira, fez duras críticas ao candidato à Prefeitura da Capital, o procurador Mauro Cesar de Lara, da mesma sigla. De acordo com Magno, Mauro não consegue administrar nem um partido “com sete ou oito pessoas” e que a chegada desse grupo à prefeitura “seria um verdadeiro desastre para Cuiabá”. As informações são do Jornal Diário de Cuiabá, desta quinta-feira (28).

Segundo a reportagem, Marcos Magno decidiu fazer a denúncia de forma espontânea, por que tem medo “que um sujeito como ele chegue a ser prefeito de Cuiabá”. Magno denunciou ainda a “falta de transparência, a incompetência e o modo oligárquico” como o partido é conduzido pela família do Procurador Mauro.

Marcos Magno, que foi um dos fundadores do Psol em Mato Grosso – e candidato a governador em 2010 –, disse que se desfiliou do partido em março deste ano em razão do “egoísmo” de Procurador Mauro, que utilizaria o partido apenas para benefício próprio. “Ele é um sujeito egoísta e só usa o partido para se promover, afastando correligionários e militantes,” disse Magno.

De acordo com o ex-correligionário de Procurador Mauro, o Psol em Mato Grosso sempre tem suas contas reprovadas no TRE, em virtude “do desleixo e da incompetência do grupo” formada pelo candidato a prefeito, “seus dois irmãos e mais duas ou três pessoas”.

“Não é um grupo confiável. Nenhum deles tem qualquer experiência administrativa. Nenhum deles jamais fez qualquer trabalho social ou em benefício do partido. São funcionários públicos e candidatos profissionais, que se utilizam da lei eleitoral para receber salários e ficar sem trabalhar. Se eles não conseguem administrar nem um pequeno partido, o que farão com um orçamento de mais de R$ 2 bilhões da prefeitura?”, indaga.

Marcos Magno, que é contador e administrador de empresas há 30 anos, também fez críticas ao caráter do Procurador Mauro. “Vou te dizer uma coisa: quem vota em Procurador Mauro é quem não o conhece. Ele é egoísta, personalista, vaidoso e obsessivo. Ele se acha e, de fato é, o dono do Psol em Mato Grosso”, afirma.

“E a população de Cuiabá não o conhece, porque ele só aparece de dois em dois anos, não tem militância política, jamais fez qualquer ação dentro do partido e somente usa o Psol para proveito próprio. Sou testemunho de que, para se promover, ele usa os próprios correligionários, que são sempre deixados de lado”, diz.

CALOTE – Em 2005, Marcos Magno colocou uma sala comercial de sua propriedade à disposição do partido, no Centro de Cuiabá. Durante dois anos, ele não cobrou o aluguel da sala. Mas quando o partido começou a receber recursos regulares do Fundo Partidário, Magno começou a cobrar R$ 300 de aluguel.

Procurador Mauro foi um dos que assinaram o contrato, que jamais foi cumprido. “Desde 2008, até 2012, eu jamais recebi qualquer coisa, seja aluguel, seja condomínio. Meu prejuízo já passou dos R$ 24 mil. Só com isso você pode ter uma ideia do tipo de pessoas que querem chegar à prefeitura de uma capital como Cuiabá”, afirma.

“Hoje o partido simplesmente não tem endereço. O próprio Procurador Mauro, alguém sabe onde ele mora? Tudo que sabemos é que existe uma casa onde a banda dele ensaia, mais nada. No TRE, o endereço do partido continua sendo a minha sala, pois nem isso eles conseguiram atualizar. Como a população de Cuiabá pode confiar em alguém assim? Meu grande medo hoje é de que um grupo assim chegue à prefeitura. Não tenho dúvidas de que vai deixar muitas sequelas, e quem mais vai sofrer é a população mais pobre”, afirmou.

Em contato com o Circuito Mato Grosso, a assessoria de imprensa do candidato Procurador Mauro, informou que Magno tenta polemizar nessa reta final de campanha, além de acusar ele mesmo, pois a reprovação de contas que cita na matéria, seria de quando o mesmo era presidente do partido. Disse ainda que Mauro Cesar de Lara está tranquilo e que já esperava este tipo de acusações infundadas, além de que o ex-presidente do partido estaria a serviço de outras candidaturas. 

Felipe Leonel

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