Depois de passar 40 dias preso por obstrução da Justiça na Operação Melebolge, da Polícia Federal, o deputado Gilmar Fabris (PSD) assumirá a presidência da Assembleia Legislativa (AL). O parlamentar ficará três dias (13,14 e 15) como chefe do poder legislativo por conta das viagens internacionais do governador, Pedro Taques (PSDB), e do vice-governador, Carlos Fávaro. Taques deve reunir-se com o presidente da AL, o deputado Eduardo Botelho (PSB) às 17h no Palácio Paiaguás.
O governador pretende viajar no domingo (5) para apresentar o potencial de Mato Grosso aos chineses. Durante a viagem, quem assumirá o governo será o vice-governador Carlos Fávaro, que também deve viajar no dia 12 para a Alemanha. Será durante esse período que o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ficará como governador e Gilmar Fábris vira o presidente da Casa Legislativa Estadual até 15 de novembro, data da proclamação da República.
A viajem para a China tem como objetivo buscar novas parcerias e negócios para o Mato Grosso. O governador vai visitar o Ministério do Comércio Chinês para discutir infraestrutura e logística, energias renováveis, mineração, turismo e agronegócio.
Fabris livre
A votação em prol da liberdade do deputado foi na sessão da ALMT no dia 24. Todos os 19 parlamentares em plenária foram a favor da liberação de Fabris. A decisão coube à mesa diretora da AL.
Fabris foi preso durante operação Malebolge, que investiga crimes de corrupção e pagamento de propina a políticos durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O deputado é suspeito de se beneficiar com o recebimento de propina de verba desviada por meio de programa de pavimentação asfáltica “MT Integrado”. Ele aparece nas gravações entregues por Silval Barbosa à PGR em sua delação premiada. Gravado por uma câmera escondida, na sala do ex-chefe de gabinete de governo, Silvio Cezar Corrêa, o deputado chega a reclamar do valor da suposta propina, R$ 100 mil reais.
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