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Prisão de Chico 2000 foi para apurar outros eventuais casos de abuso, diz delegado

Foto William Matos

Com Valquiria Castil

O delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), afirmou que a prisão preventiva do vereador Chico 2000 (PR) se deu para que possíveis vítimas possam vir a denunciá-lo por supostos abusos cometidos pelo parlamentar.  “Existem denúncias que indicam outros eventuais abusos praticados por ele e que serão apuradas”, afirmou o delegado.

A Justiça determinou a ordem de prisão do vereador no domingo (04) e, ao ser procurado em sua residência e no seu local de trabalho nesta manhã de terça (06), na Câmara Municipal de Cuiabá, não foi localizado. Chico 2000 se apresentou no fim da tarde à Deddica, após ter o mandado de prisão temporária decretada pela acusação de ter estuprado a enteada de 11 anos de idade.

Para o delegado, a prisão preventiva do parlamentar fará com que outras possíveis vítimas possam ter coragem e tranquilidade para denuncia-lo. “Somente com esse encarceramento provisório, possíveis vítimas terão a tranquilidade necessária para vir até a delegacia e denunciar”, pontuou Eduardo.

A enteada do vereador foi ouvida no dia 28 de novembro, pelo delegado Eduardo Botelho. Por conta da vítima ser menor de idade o processo corre em segredo de justiça.  

Chico 2000, por ser bacharel em direito foi encaminhado Centro de Custódia da Capital (CCC), e deve ficar detido por 30 dias, porém pode ser prorrogada por mais 30 dias.

O CASO

O suposto estupro de vulnerável teria ocorrido numa festa de aniversário da mãe da vítima, que era realizada na casa do vereador, no dia 13 de outubro deste ano, por volta das 21 horas. De acordo com Boletim de Ocorrência, feito pela tia paterna da garota, a menina pediu a mãe para ir embora, que a levou para o quarto e conversaram. A mãe pensou que a filha estava triste e pediu para que o namorado [Chico 2000] fosse até o quarto e convencesse a vítima a ficar.

“Então, Chico chegou no quarto e pediu que a vítima sentasse no colo dele, mas quando Chico conversava com a vítima ele passava a mão dele nos seios e barriga da vítima”, diz trecho do B.O.

A vítima teria saído do colo do vereador e ido para outro quarto, mas o parlamentar teria seguido a enteada e pedido novamente que sentasse no seu colo. “A vítima narra que no momento eles estavam sozinhos no quarto e teve medo, de modo que sentou novamente no colo dele e então passou a mão novamente no seio, barriga e começou a descer em direção ao órgão sexual da vítima, todavia Chico foi interrompido por um telefone que tocou”, descreve o BO.

A garota disse ainda que não denunciou o padrasto porque não queria estragar a festa de aniversário da mãe. Mas que no dia 26 de novembro, a mãe da vítima e Chico se desentenderam e a vítima teria enviado “um pedido de socorro para a tia paterna. Informa que nesse tempo a vítima foi para a casa de uma amiga que mora perto da sua casa, e a tia a buscou lá”, finaliza o B.O. 

Em entrevista exclusiva ao Circuito Mato Grosso no dia 28 de novembro, o vereador negou as acusações da enteada, alegando que a menina de 11 anos é "problemática". Chorando, Chico 2000 disse que a denúncia era mentirosa e que esperava que tudo fosse esclarecido.

“Infelizmente, esta imagem distorcida vai estar ‘publicizada’, e as pessoas dentro do seu sentimento egoísta me julgando. Mas eu tenho uma história transcorrida dentro desses 61 anos de idade e que, por si só, me apresenta. Mas te confesso muita tristeza”, ressaltou.

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Cintia Borges

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