A Prio reportou lucro líquido de US$ 344,74 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 54% ante igual período de 2024, quando registrou lucro de R$ 224,05 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou US$ 432,23 milhões entre janeiro e março, queda anual de 7%. O Ebitda ajustado, que desconsidera os efeitos não recorrentes, caiu 4%, para US$ 446,61 milhões. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 64%, recuo de 13 pontos porcentuais (p.p), na mesma base de comparação.
A receita líquida foi de US$ 696,93 milhões no primeiro trimestre, valor 15% maior que um ano antes, reflexo do crescimento da produção e do aumento nas vendas, impulsionados pelo Campo de Peregrino.
O resultado financeiro da Prio foi negativo em US$ 85,89 milhões no período, 172% pior que os US$ 31,56 milhões negativos registrados no primeiro trimestre de 2024, diante da maior posição de dívida, segundo a companhia.
No encerramento de março, a dívida líquida da petrolífera era de US$ 2,448 bilhões, US$ 121 milhões maior que o registrado ao fim do quarto trimestre de 2024. A alavancagem, medida pela dívida líquida por Ebitda ajustado, encerrou o período em 1,3 vez, 0,1 vez maior que no trimestre imediatamente anterior.
Operacional
A produção total da Prio entre janeiro e março foi de 109.292 barris de óleo equivalente por dia (boepd), aumento de 23,7% ante o mesmo trimestre de 2024 e de 24,8% na comparação com o quarto trimestre.
Do total, a maior produção foi no Campo de Frade, onde a companhia tem 100% de participação, com 38.274 boepd, recuo de 17,6% e de 5,9% respectivamente na mesma base de comparação. Destaque ainda para a consolidação dos 40% do Campo de Peregrino adquiridos em dezembro, que registrou produção de 38.246 boepd no primeiro trimestre.
O custo de produção, conhecido como lifting cost, encerrou o primeiro trimestre em US$ 12,8 por barril, alta de 71% ante igual intervalo de 2024.
A Prio registrou também aumento nas vendas de 34% ante um ano e de 43% em relação ao quarto trimestre de 2024, alcançando 10,2 milhões de barris, “o maior volume de vendas para um trimestre já registrado pela petroleira carioca em 10 anos”, segundo a Prio.
Do total, 35% ou 3,6 milhões são de Peregrino, seguindo por 2,8 milhões de Frade, 2,6 milhões de Albacora Leste, além de 1,2 milhão do cluster Polvo e Tubarão Martelo. O preço médio do Brent de referência no período foi de US$ 74,98, 1,3% maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior, mas 8,3% menor que valor de um ano antes.