A histórica “Cidade Negra”, com população composta quase que exclusivamente por descendentes de escravos africanos, convida a todos para prestigiar a festividade gratuita, e conferir o potencial cultural e turístico do município, localizado a 540 quilômetros de Cuiabá.
História
Vila Bela traz no coração da cidade as ruínas de uma catedral do período colonial, bem no centro da cidade. Ela é um símbolo e constitui o marco de uma história do município que começa em 1752. Naquela época, a descoberta de riquezas minerais na região do Rio Guaporé, fez com que Portugal se apressasse em povoá-la, temendo que os vizinhos espanhóis fizessem o mesmo. Foi então criada a Capitania de Mato Grosso e sua capital instalada em 19 de março do ano de 52, com o nome de Vila Bela da Santíssima Trindade.
Enquanto foi capital, a cidade obteve um grande progresso devido aos investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais para os novos moradores. No entanto, as dificuldades de povoar a região (distância, doenças, falta de rotas comerciais) e o estabelecimento de um importante centro comercial em Cuiabá acabaram forçando a transferência da capital, em 1835.
Como qualquer outra cidade, Vila Bela não resistiria. Os moradores abandonaram a região, deixando casas, estabelecimentos comerciais e escravos para trás. Num dos episódios mais fascinantes de toda essa história, são estes escravos abandonados que garantem a sobrevivência da cidade, constituindo no local uma comunidade negra forte, unida e fiel às suas tradições.
É no mês de julho com as festas do Senhor Divino, Congo e São Benedito que o orgulho de gerações são representadas, com alegria, fé e perseverança de um povo que ainda guarda na memória dores de discriminação, abandono e intolerância.
Atrativos
Além da visitação nas ruínas, o povo também foi agraciado com as belezas naturais de tirar o fôlego e que valem a pena serem conferidas. Seguindo 14 quilômetros de carro e mais dois a pé, há duas belíssimas cascatas: Namorados (76 metros de queda) e Cachoeirinha (46 metros). Outra opção, com acesso mais difícil, porém compensadora, é a cascata do Jatobá, com 140 metros de queda.
Depois de terminar a caminhada, pergunte a qualquer morador onde encontrar uma garrafa de Canjinjin. Com efeitos terapêuticos (e afrodisíacos, dizem) devastadores, esta é uma bebida alcoólica preparada somente por mulheres e cuja receita é um segredo de família.
Programação
18 de março
18h – Apresentação da Dança de Capoeira – Praça Central;
20h – Apresentação cultural (Dança do Congo, Chorado, Grupo Chic Bela, Grupo Raízes do Quilombo);
21h – Apresentação dos alunos do Projeto Musicar;
23h50 – Queima de fogos;
0h – Show Nacional com a Banda SÓ PRA CONTRARIAR.
19 de março (Dia de São José – Padroeiro da Cidade)
7h30 – Hasteamento da Bandeira – Praça Central;
18h – Descerramento da Bandeira;
19h – Missa na Igreja Matriz – Praça Central;
21h – Encerramento (com bolo), e apresentação com as crianças do projeto Matingangolê (Choradinho).
(informações assessoria)