A quantidade de droga apreendida durante abordagens nas rodovias federais de Mato Grosso aumentou mais de 27% em 2014 se comparado a 2013. Segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 2,2 toneladas foram apreendidas no ano passado. Em 2013 foram pouco mais de 1,7 toneladas.
De acordo com o superintendente da PRF em Mato Grosso, Arthur Nogueira, em 2013 foram registradas 83 ocorrências por tráfico de drogas. Já em 2014 foram 115, ou seja, um aumento de 33,72% de ocorrências por tráfico de entorpecente nas rodovias mato-grossenses. Em Mato Grosso a PRF identifica três principais 'modalidades' de tráfico nas rodovias.
Conforme Nogueira, a maior parte das ocorrências se trata de ‘tráfico formiguinha’. A modalidade consiste em pessoas que traficam pequenas quantidades de droga que abastecem bocas de fumo ou traficantes isolados. “O tráfico formiguinha aumentou muito. São pequenas quantidades para o tráfico, que perdeu dois ou três quilos. Mas o cidadão se ferra e pega anos de cadeia”, disse o superintendente.
Apesar das pequenas quantidades em diversas ocorrências, a PRF em Mato Grosso registrou quatro apreensões grandes em 2014, com mais de 300 kg de droga em cada uma.“Aí nesse caso se trata de droga em uma quantia de valor agregado que é muito maior. Se trata de um grupo organizado que conta com batedores para acompanhar o veículo", citou.
“Também existe o ‘Cavalo Doido’. É quando a pessoa enche o carro de droga e vem sozinho pela rodovia. Geralmente é um carro popular com valor comercial pequeno e tenta transportar o máximo de droga possível no veículo”, explicou Nogueira.
O caso citado pelo superintendente ocorreu no dia 22 de dezembro de 2012. Um motorista de um carro de passeio capotou na BR-364, na saída de Cuiabá para Rondonópolis, depois de perder o controle do veículo ao ser abordado pela PRF. O suspeito fugiu pelo matagal às margens da rodovia. No carro dele os policiais acharam 206 kg de maconha."A apreensão é pela expertise do próprio policial. Ele [o PRF] verifica o motorista, que conta a história de onde é e para onde vai. Dependendo do que o condutor responde, o policial sabe e reconhece que a região de onde ele veio é rota do tráfico. Depois o policial faz perguntas e vê se ele está em contradição. Ele consegue identificar partes do veículo que são adulterados [para colocar droga], recebe um treinamento para isso", contou.
Atualmente a PRF conta com seis cães farejadores que pertencem ao Grupo de Operações com Cães (GOC).
G1