A reforma da Previdência chega ao Senado nesta terça-feira. A partir das 14h uma sessão temática começa a discutir o texto com a presença de especialistas como o secretário do Trabalho e Previdência, Rogério Marinho. É o início de uma série de sessões que incluem debates e sugestões de emendas e que devem se alongar até meados de outubro, quando finalmente o texto deve ser votado em segundo turno pelos senadores.
Enquanto isso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), segue tentando acelerar o processo. Nesta terça-feira ele terá uma reunião com lideranças partidárias para tratar das datas. Ontem, Alcolumbre teve uma série de encontros para tentar uma votação em primeiro turno ainda esta semana, mas recuou e disse que, por enquanto, a votação segue seu cronograma original. A previsão é que, após os debates, o texto volte para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para um novo parecer, que deve ser votado no dia 24. O primeiro turno em plenário deve ser votado semana que vem e o segundo turno, em 10 de outubro.
Aprovada na semana passada na CCJ, a reforma prevê economia de 870 bilhões de reais em 10 anos, 60 bilhões a menos que o texto aprovado na Câmara. Em paralelo, senadores estão debatendo uma Proposta de Emenda à Constituição para levar as novas regras a estados e municípios. O texto foi aprovado na CCJ num amplo acordo de líderes, mas ainda precisa passar pelo plenário do Senado e, depois, da Câmara. Seria o início de uma nova batalha — foi a oposição de deputados e governadores o grande entrave para que estados e municípios fossem incluídos na proposta original.