Foto Ahmad Jarrah/ Arquivo Circuito Mato Grosso
A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, determinou a conversão da prisão preventiva do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso no Centro de Custódia da Capital, desde setembro de 2015, em domiciliar. A expectativa é de que o ex-governador seja liberado ainda nesta noite. Entretanto os advogados ainda não foram contactados
Além de Silval, a magistrada também revogou a prisão preventiva do ex-chefe de gabinete do político, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, que está preso há 1 ano e dois meses. A determinação consta em decisão proferida nesta terça-feira (13).
A expectativa é de que o ex-governador seja liberado ainda nesta noite. Entretanto os advogados ainda não foram contactados
O político está preso no âmbito das fases 3, 4 e 5 da Operação Sodoma. Na 1ª fase da Sodoma, Silval é acusado de cobrar R$ 2 milhões em propina para concessão de incentivos fiscais.
Na segunda fase, o ex-governador é acusado de ter encabeçado uma fraude na compra de um terreno avaliado em R$ 13 milhões, comprado com dinheiro de propina. Com isso, a 3ª fase aprofundou a investigação e identificou o esquema em que agentes públicos recebiam propina para conseguir contratos com o Executivo estadual.
A 4ª fase da operação revelou irregularidades na desapropriação do terreno comprado por R$ 37,7 milhões, no bairro Jardim Liberdade. Na quinta fase a operação investiga o suposto desvio de R$ 8,1 milhões em troca da concessão de contratos e de compras fraudulentas de combustível.
Além da Sodoma, Silval também é investigado pela Operação Seven, acusado de ter transformado um parque estadual em unidade de conservação ecológica para dar legalidade a um esquema que desviou R$ 7 milhões dos cofres públicos do Estado.
Na Justiça Federal, o ex-governador também foi alvo de investigação por crimes de lavagem de dinheiro na Operação Ararath e em uma ação do Ministério Público Federal (MPF) por irregularidades na escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como o modal de transporte da Grande Cuiabá, para o Copa do Mundo de 2014, na qual teriam sido desviados cerca de R$ 541 milhões.