Foi preso nesta terça-feira (14) o sexto suspeito de envolvimento na morte do ex-jogador do Sinop Futebol Clube, Willian Santana, de 21 anos. O jovem foi “julgado” e executado a mando de uma facção criminosa, em setembro. A prisão, segundo informou investigador Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Wilson Cândido, encerra a lista de suspeitos que executaram o jovem com um tiro na cabeça. O corpo dele foi encontrado em uma região de mata nas proximidades do rio 15, às margens da BR-163.
“Desde o dia que ocorreu o sequestro do ex-jogador, as investigações não pararam e foram intensificadas com o intuito de colocar atrás da grade todos os envolvidos nesse crime. Ontem, no período da tarde, a equipe em diligência na avenida André Maggi, conseguiu prender o último suspeito. Ele transitava tranquilamente, em companhia com um amigo, onde abordamos e demos a voz de prisão”, explicou Cândido (foto).
O investigador detalhou ainda que o suspeito preso reforçou a motivação apontada pelos outros presos, anteriormente, que a execução do ex-jogador teria sido um julgamento por um suposto caso de estupro. “Conversamos muito tempo e ele nos deu detalhes. A motivação seria um suposto estupro e até hoje não tem prova nenhuma, não foi localizado essa vítima, que eles falam em seus relatos que se trata de uma menor de 12 a 13 anos. Não tem nada comprovado”, revelou.
Na conversa ainda com o suspeito, o investigador contou que ele detalhou o ocorrido no dia do assassinato. “Ele confessou que desceu do carro e rendeu o Willian. Usou um capuz na cabeça, rendeu e colocou ele no carro e levaram nas imediações do rio 15, e lá eles fizeram uma chamada de vídeo, possivelmente para o mandante, e depois, segundo ele, foi determinado que fosse executado”.
Dos seis suspeitos presos, um deles foi encontrado morto no presídio, e segundo o investigador, no corpo não foi encontrado sinais de violência, e que possivelmente ele tenha tido um ataque cardíaco ou algo do tipo.
Com a conclusão do inquérito policial, os suspeitos ficam à disposição da justiça e agora fica a cargo do ministério público e do Poder Judiciário o julgamento.