Em junho de 2012, os líderes regionais consideraram que houve o rompimento da ordem democrática no país durante o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo. Porém, nos últimos meses, autoridades sul-americanas indicaram que com a posse de Cartes, o Paraguai será automaticamente reintegrado ao Mercosul.
Cartes defendeu o direito de assumir a presidência temporária do bloco por ser um dos seus fundadores. “É o que corresponde como membro fundador [do bloco]”, ressaltou o presidente eleito. Ele acrescentou que se a Venezuela assumir o comando do Mercosul, como está programado para julho, será impossível o retorno do Paraguai ao bloco por uma “questão de dignidade”.
“O Paraguai não tem problemas com a Venezuela, mas mostra vontade política e tem um limite, que é o Estado de Direito , e se a presidência [do Mercosul] for ocupada pela Venezuela, não será possível a reincorporação por uma questão de 'dignidade'”, disse Cartes. No momento em que o Paraguai reivindica o direito de assumir o comando do Mercosul, negocia para ser membro pleno da Aliança do Pacífico (grupo formado pelo Chile, a Colômbia, o Peru e México).
Nas discussões que antecederam a adesão da Venezuela, no ano passado, ao Mercosul, o Paraguai criticou as negociações. Segundo as autoridades do país, a Venezuela não poderia ser aceita no bloco devido à ausência do aval do Paraguai – suspenso do grupo desde 2012.
Fonte: Agência Brasil – EBC
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