"Um dos pontos da aliança é que desejamos ampliar nossa participação de mercado juntos, e não simplesmente trocarmos participação um com o outro", disse Mayer durante a Goldman Sachs Technology and Internet Conference, na terça-feira, em San Francisco.
Na primeira participação em uma conferência com investidores desde que assumiu as rédeas do problemático portal online, em julho, Mayer disse que planejava reduzir o grande número de aplicativos oferecidos pela empresa e reiterou seu foco em convencer os usuários a passar mais tempo nas áreas online do Yahoo, o que permitiria que a empresa exibisse mais anúncios e faturasse mais.
"Não estou confusa. Nosso maior problema de negócios no momento é exibir mais anúncios. Basicamente, precisamos que mais pessoas vejam anúncios para que possamos ter crescimento aqui", disse Mayer.
Mayer, 37, assumiu o comando do Yahoo depois de um período tumultuado na companhia.
Scott Thompson deixou a presidência executiva da empresa em apenas seis meses, após uma controvérsia sobre suas credenciais acadêmicas, que também resultou na renúncia de Jerry Yan, rompendo suas ligações com a empresa.
A receita do Yahoo ficou inalterada em 2012 sobre o ano anterior, em cerca de 5 bilhões de dólares, abaixo dos US$ 6,3 bilhões de 2010.
"Precisamos que a monetização funcione melhor porque sabemos que isso é possível e vimos outros concorrentes nesse mercado ilustrarem como isso pode funcionar bem", disse Mayer sobre o acordo de buscas com a Microsoft.
Yahoo e Microsoft assinaram em 2010 um acordo de parceria em buscas com duração de dez anos, esperando que seus esforços combinados pudessem criar concorrência capaz de desafiar o Google, líder mundial em buscas.
A parceria, entretanto, não atendeu as expectativas.
O Google continua a dominar as buscas, com 66,7 por cento do mercado norte-americano em dezembro, praticamente os mesmos 66,6% que detinha no mesmo mês em 2010, de acordo com a comScore.
Fonte: FOLHA.COM | REUTERS