Na avaliação do desembargador, as mobilizações são por conta dos elevados gastos do governo com determinadas áreas em detrimento de outras consideradas prioritárias, como a saúde e a educação.
Ele pontuou, que a ida da população às ruas representa “um grito e alerta, um basta à corrupção, ao desvio de recursos públicos e aos maus gestores” e defendeu o diálogo entre autoridades e manifestantes.
O desembargador, contudo, lamentou o fato de vários protestos terem extrapolado a ordem e partido para ações de vandalismo. “Isso não se pode admitir. Não podemos aceitar”. O magistrado chama atenção das lideranças para impedir que “oportunistas” aproveitem da situação e comprometam os objetivos das manifestações. “Quem vai às ruas defender direitos não precisa cobrir o rosto”, argumenta.
Perri, que está no comando do Judiciário desde o dia 1º de março, garante que continuará sendo rigoroso e não vai “tolerar a corrupção e desvio de conduta na magistratura. Esta sempre foi a minha linha de trabalho”. O desembargador informou que o Tribunal trabalha nesse sentido, lembrando a criação do Núcleo de Combate aos Crimes de Corrupção e à Improbidade Administrativa (Necco) e o esforço para se cumprir a Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é julgar ainda este ano todos os processos de improbidade protocolizados até dezembro de 2011.
Camila Ribeiro – Da Redação (informações assessoria)