Jurídico

Presidente do TJ abre investigação para apurar acusações de coronel Siqueira

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos, acatou o requerimento do desembargador Orlando Perri para investigar as declarações feitas pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Siqueira Júnior, e abriu uma sindicância. 

Orlando Perri encaminhou um ofício no dia 21 de julho pedindo o de investigação no dia 21 de julho, com o intuito de provar sua "inocência" quanto as afirmações feitas pelo coronel investigado no escândalo dos grampos, uma delas de que teria autorizado o monitoramento clandestino de magistrados no esquema da maçonaria, investigado em meados de 2014, quando o desembargador estava à frente da Corregedoria-Geral da Justiça.

Responsável pela relatoria do processo que investiga o esquema de interceptações telefônicas ilegais operadas por policiais militares, no Palácio Paiaguás, Perri relata que, desde então, tem recebido ameaças veladas com o intuito de "intimidá-lo" para que deixe de atuar no caso.

Depois de ter votado pela continuidade da investigação no Tribunal de Justiça, onde manteve a Ordem dos Advogados do Brasil como interessada no processo, neste requerimento, o desembargador pediu ainda que a sindicância fosse acompanhada não só pela OAB, mas também pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Para o magistrado, a medida seria um meio de contestar acusações que teriam o objetivo de afastá-lo do caso da “grampolândia pantaneira”, como chama as investigações dos grampos.

“As sobreditas ameaças vieram a se concretizar nas declarações prestadas pelo Cel. Airton Benedito de Siqueira Júnior. Acusa-me de haver feito interceptações ilegais por ocasião de minha passagem pela Corregedoria-Geral da Justiça, as quais foram, propositadamente, derramadas na imprensa com o inequívoco propósito de desacreditar as decisões por mim já tomadas ou que venha a tomar, além, claro, de criar minha suspeição ou impedimento”, relata.

Ao negar tais apontamentos, o desembargador afirma que nada do que o acusam aconteceu e por fim solicita a sindicância.

“A elucidação dos fatos pode e deve ser feita por meio de sindicância a ser instaurada por Vossa Excelência, com acompanhamento do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Mato Grosso”, requere ao presidente do TJ.

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Redação

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