O presidente do Diretório do PSDB em Mato Grosso, Paulo Borges, rechaçou declaração do governador Pedro Taques de que “faz governo para a população e não para os tucanos”. A declaração foi feita em entrevista de Taques à TV Vila Real, nesta sexta-feira (21).
O governador admitiu a crise interna do partido no Estado ao dizer que existem opiniões diferentes dentre correligionários, incluindo a do deputado federal Nilson Leitão, e deu a entender que há pressão do partido para participação em seu governo.
Em nota, Paulo Borges diz que jamais houve qualquer tipo de imposição ao governador, para a contemplação de tucanos em cargos na Administração Pública.
“Qualquer informação diferente disso não condiz com a verdade”.
Aliado do deputado Leitão, o dirigente afirma que a legenda tem “convicção do seu papel social de promover política integralista” em prol do desenvolvimento e que qualquer diferença de opiniões faz parte do direito adquirido de livre manifestação de ideias e também da capacidade de convivência social de seus entes.
Segundo ele, a sigla manterá o propósito de ser um partido livre de qualquer necessidade de apego a cargos, “sendo oportuno destacar que essas e outras características motivaram o governador Pedro Taques se filiar ao mesmo, em 2015”.
O dirigente pontua que os tucanos que ocupam cargos no governo estadual cumprem critérios da eficiência e do interesse público pautados pela competência e idoneidade, “inclusive sendo indicações pessoais do próprio governador”, finaliza a nota assinada pelo presidente.
Divergências políticas entre Leitão e Taques iniciaram após o parlamentar articular sua candidatura ao Senado, em 2018. O governador, por sua vez, entende que é inviável a sigla ocupar duas das quatro vagas na majoritária (governador, vice e 2 senadores), pois prejudicaria a contemplar aliados visando sua reeleição.
Após o atrito, Leitão passou a tecer críticas à gestão tucana na área da saúde. O deputado, em entrevista à imprensa de Sinop, disse que Taques era responsável pela situação de caos dos hospitais regionais.
O atrito fez com que Taque ficasse isolado dentro da sigla e articulasse uma possível mudança de partido. Por outro lado, lideranças nacionais cogitam intervir em Mato Grosso para evitar que o governador saia da sigla.
Leia a íntegra da nota do PSDB
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em Mato Grosso, esclarece que diferentemente do que afirmou o governador Pedro Taques em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (21), a sigla jamais estabeleceu qualquer tipo de imposição ao governador visando garantir mais cargos na administração pública. Qualquer informação diferente disso não condiz com a verdade.
O PSDB-MT tem plena convicção do seu papel social que é de promover uma política integralista em prol do desenvolvimento. Vale destacar que qualquer diferença de opiniões que possa existir, como citado pelo governador, faz parte do direito adquirido da livre manifestação de ideias e também da capacidade de convivência social de seus entes, diversidade que prezamos e que acreditamos enriquecer nossa sigla.
Quanto ao mais, o PSDB-MT mantém o propósito de ser um partido livre de qualquer necessidade de apego a cargos, sendo oportuno destacar que essas e outras características motivaram o governador Pedro Taques se filiar ao mesmo, já como governador, em 2015.
Por fim, destacamos que os correligionários do PSDB que ocupam cargos de confiança no governo cumprem os critérios da eficiência e do interesse público, pautados pela competência e idoneidade, inclusive sendo indicações pessoais do próprio governador.