A presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Hildenete Monteiro Fortes, em entrevista à TVCA nesta segunda-feira (27), falou sobre o processo de revalidação de diplomas, erros e denúncias envolvendo profissionais e casos de violência obstétrica em Mato Grosso.
“Temos quase 2 mil estabelecimentos de saúde em Mato Grosso e apenas um médico fiscal. Na verdade são dois, mas uma está licença maternidade. O conselho também faz a fiscalização, mas humanamente é impossível fiscalizar tudo”, afirmou a presidente.
Ainda conforme o CRM-MT, quando se encontra falta de condições de trabalho nas unidades de saúde, as secretarias, tanto municipal quanto estadual, são notificadas pelo conselho.
A presidente também respondeu perguntas polêmicas, como casos de violência obstétrica em mulheres grávidas. Para o CRM-MT a medicina evoluiu e algumas questões foram consideradas como violência obstétrica.
“Agora, tem gente que considera a indicação de uma cesária como violência obstétrica, mas a indicação da cesariana depende do quadro clínico da paciente. Então, o médico tem toda autonomia de indicar uma cesariana se houver sofrimento fetal. Você vai deixar de tentar uma cesariana em caso de sofrimento fetal? Vai causar sofrimento a essa criança”, declarou.
Hildenete lembra que a indicação da cesariana não é apenas uma decisão do médico, mas a paciente, desde o acompanhamento ao longo da gravidez, também tem que manifestar o desejo pelo procedimento.