No momento de se cumprimentarem, os dois expressavam seriedade e pareciam estar incomodados, enquanto Hollande, aparentemente impressionado, esboçou um sorriso.
"Santo Padre, estou muito feliz de que me receba aqui", disse Hollande ao apertar a mão do Papa na sala Tronetto.
Em seguida, sentaram-se frente a frente junto a uma mesa. Ambos mantiveram a seriedade ante os flashes dos fotógrafos. O Papa, que geralmente é muito amável, não sorriu e manteve uma expressão grave e tensa.
Hollande, grande defensor de um rigoroso laicismo, irá, provavelmente, discutir com o sumo pontífice as formas de resolver as crises internacionais.
Por sua vez, Francisco fará perguntas sobre determinadas evoluções da sociedade francesa, principalmente o projeto de lei sobre a eutanásia e a morte digna, criticada pela Igreja Católica e por muitos católicos franceses.
Hollande realiza esta visita ao Vaticano em um contexto delicado, marcado pelas revelações de um suposto caso com uma atriz e sua queda acentuada nas pesquisas de popularidade.
Horas antes da chegada do chefe de Estado francês, uma bomba de fabricação caseira explodiu durante à noite perto de uma igreja francesa de Roma, a igreja São Ivo dos Bretões, causando danos materiais.
A secretária do embaixador da França na Santa Sé afirmou que "umas das hipóteses é que [esta explosão] esteja ligada com a visita do presidente" Hollande.
G1
