O presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, deputado estadual Leonardo Albuquerque, voltou a negar nesta sexta-feira (29) que a Casa tenha solicitado a transferência do deputado afastado Gilmar Fabris (PSD), que está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) há mais de dez dias, para prisão domiciliar. De acordo com ele, quem tem a prerrogativa de transferi-lo é o próprio Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela ordem de prisão.
O parlamenta reafirmou que em nenhum momento o Legislativo mato-grossense tem ou pensa em afrontar uma decisão do STF. Leonardo Albuquerque, responsável para acompanhar todos os processos e investigações policiais que envolvem os deputados estaduais envolvidos na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), confirmou que um grupo de parlamentares foi visitar Gilmar Fabris na prisão e não ficou constatado registro de um suposto mau trato no local ao parlamentar afastado.
De acordo com Leonardo, foi a família de Fabris que reclamou das condições da prisão, mas que não tem muita coisa fazer, já que o centro é o único local apropriado para receber autoridades com foro privilegiado. Já passaram por lá o ex-governador Silval Barbosa, ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva, o ex-secretário de Fazenda Éder Moraes, entre outros.
“A Assembleia Legislativa não pode fazer muita coisa no caso do deputado Gilmar Fabris. Na condição de presidente da Comissão de Ética, estamos acompanhando o caso de perto. Mas essa questão é resolvida lá em Brasília, no STF. Em nenhum momento, a Casa irá afrontar o Supremo. Prestamos solidariedade ao Gilmar Fabris por ser nosso colega de Legislativo. A sua defesa está trabalhando para a sua liberdade. É aguardar alguma decisão vinda de Brasília”, disse o parlamentar.