Política

Presidente da Aprosoja contra ataca discurso crítico de Botelho ao setor produtivo

As críticas do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM) ao setor produtivo proferidas dia 1º de janeiro na posse do governador Mauro Mendes, do mesmo partido, provocou a reação do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan. Por meio de suas redes sociais, Galvan escreveu nesta quarta-feira (02) que as desigualdades sociais são fruto da má gestão pública e não de quem ‘trabalha duro’.

Botelho afirmou, durante a solenidade, que a riqueza do estado está “na mão de poucos barões do agronegócio”. Galvan rebateu: "Quero registrar que jamais o trabalho duro de um setor, seja qual for, será responsável pela desigualdade social, como foi citado nos discursos do governador Mauro Mendes e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho", apontou o presidente da Aprosoja.   

Segundo Galvan, a desigualdade é resultado de anos de má gestão, má aplicação do dinheiro público, inchaço da máquina pública e corrupção. "Antes de apontar o dedo para quem planta, produz, gera emprego, renda, leva alimento à mesa, e convive diariamente com as incertezas climáticas, econômicas, jurídicas, devia-se olhar para dentro da própria casa e fazer as mudanças que a sociedade tanto anseia, como corte no excesso de gastos publicou", pontuou.   

Para Galvan, a solução seria a retenção de gastos públicos e não no aumento de tributos. “Mais cobranças não vão resolver senão houver gestão eficaz”.

Leia o post na íntegra:  

"Quero registrar que jamais o trabalho duro de um setor, seja qual for, será responsável pela desigualdade social, como foi citado nos discursos do governador, Mauro Mendes, e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, durante a solenidade de posse do governador, nesta terça-feira.

O que causa desigualdade é o resultado de anos de má gestão, má aplicação do dinheiro público, inchaço da máquina pública e a corrupção. Contra essas práticas não vemos políticos levantarem bandeira. Culpar um setor por injustiças sociais é jogar contra a sociedade que se beneficia – seja por meio de emprego e renda, seja por meio dos produtos gerados -, de determinada cadeia produtiva.

Vocês sabiam que, para 2019, o Governo do Estado prevê o repasse no valor de R$ 896 milhões somente para manutenção da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado?

Valor muito superior ao orçamento do município de Várzea Grande, por exemplo, que está estimado em R$ 799 milhões e tem a segunda maior população de Mato Grosso: mais de 280 mil habitantes. Ou seja, 24 deputados estaduais e os 11 conselheiros custam aproximadamente R$ 2,5 milhões, por mês, cada um, aos cofres públicos.

Enquanto para a infraestrutura – essencial para o desenvolvimento -, o valor mal chega a R$ 170 milhões, e a iniciativa privada segue contribuindo, pagando impostos e, muitas vezes, investindo recursos onde o Estado que deveria aplicar.

Ou seja, antes de apontar o dedo para quem planta, produz, gera emprego, renda, leva alimento à mesa, e convive diariamente com as incertezas climáticas, econômicas, jurídicas, devia-se olhar para dentro da “própria casa” e fazer as mudanças que a sociedade tanto anseia, como o corte no excesso de gastos públicos.

Mais tributos, mais cobranças, não vão resolver senão houver gestão eficaz.

E é isso que devemos e vamos cobrar: Gestão eficaz, já!"

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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