À frente da briga judicial entre Apple e FBI, o presidente da companhia, Tim Cook, pode ser preso se um caso semelhante ao do iPhone de San Bernardino ocorrer no condado de Polk, na Flórida. De acordo com o xerife responsável, o policial Grady Judd, o "patife" (referindo-se a Cook) pode parar atrás das grades caso se recuse a colaborar com os órgão policiais.
A prisão de Cook pode ser solicitada nas próximas semanas, já que investigadores suspeitam que um caso de homicídio ocorrido na região possa ser solucionado com o acesso aos dados de suspeitos do crime. O órgão policial estuda a possibilidade de que os acusados possam ter tirados fotos da vítima com o smartphone.
“Posso afirmar, na primeira vez que tivermos problemas para obter acesso a um telefone, nós vamos expedir uma ordem judicial contra a Apple”, disse. Caso a empresa se negue a fornecer as senhas, Judd afirmou que irá prender o executivo.
Os argumentos do xerife da Flórida são semelhantes aos utilizados pela Policial Federal no caso que envolveu a detenção do vice-presidente da América Latina, Diego Dzodan, aqui no Brasil. Depois de descumprir uma ordem judicial para liberar acesso às redes sociais de suspeitos de um crime, a empresa teve seu executivo detido pelo motivo de “impedir as investigações”.
Entenda o caso
O FBI obteve acesso ao iPhone 5c de um dos acusados pelo ataque terrorista de dezembro de 2015 que resultou na morte de 14 pessoas na cidade de San Bernardino, na Califórnia. O smartphone, porém, está bloqueado e tentativas brutas de desbloqueio poderiam apagar todo o conteúdo armazenado no aparelho.
Enquanto o órgão policial entende que os dados contidos no celular são vitais para as investigações e solicita que a fabricante crie uma brecha na criptografia do iPhone, a Apple se recusa a cooperar com o órgão policial afirmando que a prática poderia ameaçar a privacidade de todos os clientes da empresa.
Fonte: UOl