Segundo o jornal, Sebastiana da Rocha, moradora de Campo Verde (140 km ao Sul de Cuiabá), recebeu R$ 528,00 do programa e doou R$ 510 a campanha de 2010.
Apesar de Sebastiana ser beneficiária do programa, indica a Folha, ela trabalhou como funcionária temporária de uma escola estadual em Campo Verde, em pelo menos três ocasiões diferentes. No emprego, ela teria recebido R$ 1.255,33.
À reportagem do MidiaNews, a assessoria da Presidência da República afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso. A orientação foi de que o assunto, relacionado à campanha eleitoral, seja repercutido com o Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome (MDS), responsável pelo programa.
Ao site, o MDS negou que Sebastiana não necessite do auxílio.
Em nota, a pasta informou que averiguou os questionamentos recebidos e, em casos dessa natureza, a primeira providência é solicitar ao gestor municipal do programa que faça visita domiciliar para avaliar a condição socioeconômica da família.
“A segunda é, quando necessário, informar o Ministério Público para que tome as medidas pertinentes. Ao realizar visita domiciliar à beneficiária mencionada na nota, a área social da prefeitura de Campo Verde (MT) confirmou que a família se encontra em situação de vulnerabilidade, com perfil de beneficiária do Bolsa Família. Questionada, a beneficiária declarou ao gestor municipal que nunca fez doação em dinheiro para campanha presidencial”, disse a nota.
Prefeito e secretário
O prefeito do município de Campo Verde, Fábio Schroeter (PTB), e o presidente do PT em Mato Grosso à época da campanha, atual secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, foram procurados pela reportagem para se pronunciarem sobre o caso, porém não atenderam às ligações ou retornaram.
Isa Souza – Mídia News