De acordo com Paes, em Curicica, a ideia é construir moradias por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida e usá-las para hospedar os visitantes. Com isso, a organização dos jogos poderá economizar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Fica mais barato, porque o empreendimento do porto, que vai sair de qualquer maneira, é privado. E para usar nas olimpíadas tem que pagar o aluguel e depois reformar, pintar, antes de entregar ao comprador final, explicou.
Se a organização optar por usar os apartamentos do Minha Casa, Minha Vida, o prefeito disse que o custo com a hospedagem será nulo. Então, você não terá que pagar aluguel nenhum. E estaremos fazendo habitação social. É um outro tipo de legado. Depois das Olimpíadas, esses imóveis ficam, disse. Segundo Paes, a proposta não foi feita antes porque a prefeitura não tinha comprado o terreno de Curicica e os plano para a zona portuária estavam incompletos.
O projeto da prefeitura no bairro portuário, o Porto Maravilha, atraiu uma série de investimentos para a região, incluindo as cinco torres de escritórios comerciais de alto padrão, do empresário norte-americano Donald Trump. Outros empreendimentos residenciais, financiados pelo governo federal, também serão levantados no local para atender aàprocura de imóveis pela classe média carioca.
No início, o porto não estava viabilizado, e levar as coisas [as Olimpíadas] animava as operações [de construção de imóveis] no porto. Entre o dia em que fiz a proposta e hoje, fizemos as parcerias para o porto, tivemos parcerias público-privadas. Ou seja, o momento é outro, revelou.
O projeto de transferir a instalação de jornalistas para Curicica seria apresentado hoje ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que fez reunião no Rio. A prefeitura disse que não conseguiu incluir o assunto no encontro, mas adiantou que há simpatia do comitê na proposta.
AGENCIA BRASIL