Se depender do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o governo do Estado não vai retirar os trilhos do abandonado Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) instalados em Cuiabá. Segundo o prefeito, sua equipe proibirá qualquer intervenção na capital em relação ao modal. ‘Aqui não entendeu? Agora quarta-feira eu estava em Brasília, mandaram a foto pra mim e eu liguei para turma fiscalização e mandei parar. Aqui não é casa mãe Joana não, não vai ser assim não’, disse Emanuel.
Há 15 dias o governo do Estado está retirando os trilhos e postes do VLT da avenida da FEB em Várzea Grande para iniciar as obras do BRT. Segundo Pinheiro, o governo não poderia adotar tal medida apenas com uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que paralisou os trâmites.
‘É uma decisão liminar apenas e o governo deveria ter o mínimo de responsabilidade para uma obra dessa envergadura e diante de tudo que já foi investido. Você não pode mudar isso de uma hora pra outra com uma decisão precária. Tem que esperar a decisão definitiva. É o futuro da população cuiabana e de Várzea Grande em jogo. Então eu vou brigar até o último momento da minha vida, eu vou brigar pelo VLT’, reclamou Pinheiro.
Conforme ele, sua equipe está preparando uma nova investida judicial para impedir a destruição total do material rodante que está sendo retirado, como trilhos e postes.
‘Tem parecer contrário do Ministério Público Federal (MPF) pedindo a revogação dessa liminar, tem uma manifestação contrária da Advocacia Geral da União (AGU) e outra manifestação contrária da Comissão de Transporte da Câmara Federal pedindo a revogação da liminar. Com certeza, vamos ter um desdobramento judicial disso’, aposta.
O Consórcio VLT CuiabáVárzea Grande emitiu nota, na qual afirma que assiste ‘com estarrecimento a destruição pelo Estado de estruturas implantadas para o modal’.
‘O Consórcio observa ainda que o próprio Poder Judiciário ainda não definiu um desfecho ao VLT, posto que há questões importantes que seguem em discussão no Poder Judiciário’, finaliza.