Os professores e funcionários da educação em Várzea Grande ameaçam manter a greve caso a secretaria de educação não atenda as reivindicações da categoria. A sexta proposta foi entregue pela secretária da pasta, Zilda Leite nesta quarta-feira (19). Contudo continha dois pontos que os professores acreditam se retrocessos na luta por melhores condições.
Segundo o presidente do Sindicato dos Professores de Várzea Grande (Sintep-VG), Gilmar Soares Ferreira, a nova negociação que está sendo mediada pelo Núcleo de Conciliação do tribunal de Justiça de Mato Grosso, “veio pior que as outras cinco. A proposta é muito ruim, pois quer mudar a data-base de janeiro para maio. O que provocará um retrocesso imenso na nossa luta. O segundo ponto diz respeito ao parcelamento do aumento para 2016, sendo que nessa data deveríamos receber a nova correção inflacionária”, explicou.
Ainda conforme o presidente, uma nova reunião está sendo aguardada com a secretária Zilda, alguns vereadores e a prefeita nesta quinta-feira (20). O objetivo da audiência é tentar renegociar esses termos antes de levar a proposta para a categoria. A classe se reúne na manhã de sexta-feira (21) no Ginásio de Esportes do CEJA no Licínio Monteiro, para avaliação da proposta apresentada.
“Nós não queremos ficar parados! Queremos dar um fim nessa greve, contudo não podemos retroceder nas nossas lutas e perder direitos que foram muito difíceis de serem conquistados”, concluiu Gilmar.
Proposta da prefeitura
A prefeitura manteve a proposta da recomposição salarial de 9% para toda a categoria dos profissionais de educação já na folha de pagamento do mês de agosto. Já a diferença de 4,66%, para contemplar o pleito da categoria, de 13,66% será complementada na folha de pagamento do mês de janeiro de 2016. A data base da categoria ficou estabelecido que será no ano de 2016 no mês de maio.
As demais reivindicações no que diz respeito às questões de direito, como reenquadramento, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e outras que já foram pautadas em mediações presididas também pelo TJ/MT nos dias 14 e 25 de março de 2014 (gestão anterior), serão gradativamente atendidas, após instituição de grupo paritário a ser composto por técnicos da secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e a área econômica do executivo juntamente com representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep). Fica estabelecido o prazo mínimo de 120 (cento e vinte) dias para estudos e efetiva implantação que será contado a partir da publicação da Portaria que estabelece sobre os estudos do PCCS.
A Prefeitura Municipal de Várzea Grande esclarece que esta proposta encaminhada na data de hoje (19.08) atinge os limites das possibilidades financeiro-orçamentárias da administração municipal no que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.