Após quatro horas de discussão, não houve um entendimento para solucionar a pendência. A intenção é chegar a um consenso sobre o repasse dos recursos, cujo atraso está prejudicando o atendimento à população em diversas regiões de Mato Grosso. Os gestores voltarão a se reunir com o secretário Mauri Rodrigues para dar continuidade às negociações visando o repasse de recursos atrasados às prefeituras. A pauta principal a ser discutida serão os restos a pagar de 2012, que equivalem a cerca de R$ 53 milhões.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Valdecir Luiz Colle, Chiquinho, intermediou o debate na AMM. Ele disse que a prioridade é o repasse dos valores atrasados do ano passado, ainda que de forma parcelada. “Queremos resolver primeiro as pendências de 2012 para então chegar a um acordo sobre os repasses de 2013”, assinalou.
Os prefeitos são unânimes em afirmar que o atraso no repasse está comprometendo o atendimento à população, pois muitos profissionais deixam de prestar serviços devido ao pagamento atrasado.
O presidente do Consórcio Vale do Juruena, prefeito de Juína, Hermes Bergamim, disse que o consórcio tem R$ 500 mil de repasses atrasados referentes a 2012. O prefeito defendeu que sem recursos não tem condições de fazer o atendimento à população. Ele enfatizou o alto custo da contratação de profissionais médicos. O município de Juína, por exemplo, paga R$ 40 mil para o anestesista.
O presidente do consórcio da região Norte, prefeito de Nova Santa Helena, Dorival Lorca, salientou que a população carente é a mais prejudicada. O município está enviando pacientes para fazer exame em Cuiabá, pois o hospital conta com poucos procedimentos. Os valores atrasados de 2012 a serem repassados ao consórcio já somam R$ 345 mil.