“O que ouvimos dizer é que existem muitas reclamações, mas “muitas” é algo evasivo, não é uma unidade de medida. Precisamos ter a certeza dos números e dos serviços que estão sendo realizados pela CAB”, afirmou Mendes.
Segundo o prefeito, houve uma determinação para que a empresa apresentasse dados que comprovem que o Plano de Abastecimento da Capital está sendo cumprido e ainda exigência para que a concessionária realizasse uma pesquisa de opinião pública com relação aos serviços prestados, o que até então não aconteceu.
“Num primeiro momento, ainda é prematuro fazer qualquer juízo de valor e falar em rescisão de contrato. Vamos primeiramente analisar os dados apresentados pela CAB”, salientou.
O presidente da Câmara, João Emanuel também pontuou que aguarda ‘números’ da concessionária e da Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário (AMAES) – responsável pela fiscalização da CAB – para tomar algum posicionamento.
“Já cobramos explicações da Agência e provavelmente, no próximo dia 18, a secretária da Amaes, Karla Lavratti, deverá comparecer à Câmara para nos apresentar dados oficiais dos recursos empregados e de tudo o que foi realizado até o momento”, relatou o social democrata, alegando que somente após esse trâmite a Câmara irá analisar as possíveis medidas a serem tomadas.
Quadro crítico
Atualmente, 99% dos moradores da área urbana de Cuiabá são atendidos com o fornecimento de água potável, mas somente metade da população dispõe de água todos os dias nas torneiras. Apenas 39% do esgoto doméstico produzido são coletados na cidade, e somente 29% são tratados – o que significa que 70% do esgoto produzido pelos cuiabanos são despejados in natura no Rio Cuiabá.
Concessão
O contrato de concessão dos serviços de saneamento em Cuiabá tem duração de 30 anos, podendo ser prorrogado por igual período. Ao fim do contrato, patrimônio, bens, móveis e imóveis que passam a ser administrados pela CAB Cuiabá retornam à Prefeitura.
Quando questionada sobre a falta de água, a CAB informa apenas que serão investidos R$ 315 milhões nos próximos cinco anos e que a meta da empresa é universalizar o acesso à água até abril de 2015.
Camila Ribeiro – Da Redação