O prefeito Roberto Dorner anunciou, nesta quarta-feira (22), que não concorda com o reajuste de 31,12% na tarifa de água concedido pela Agência Reguladora de Sinop (AGER) para a concessionária de serviços públicos de abastecimento de água, vigorando a partir de janeiro e que deve ser cobrado na fatura de fevereiro. A decisão do aumento foi comunicada, ontem à tarde, e segue correção através do Índice Geral de Preços (IGPM-FGV) dos últimos 12 meses (setembro do ano passado a agosto de deste ano).
Ao vigorar, a tarifa cobrada passará de R$ 3,89 o metro cúbico para R$ 5,10 o metro cúbico consumido. “Se precisar, vamos entrar na justiça, mesmo que esse reajuste esteja previsto no contrato firmado lá no passado. Acredito que a justiça não irá aprovar esse aumento”, disse, através da assessoria.
Ainda de acordo com o gestor, o momento econômico não é propício para qualquer tipo de reajuste tarifário, ainda que previsto em contrato de concessão, pois a pandemia, pela qual o país e o mundo vêm passando nos últimos dois anos, mexeu e desestruturou financeiramente muitas famílias. E, ainda de acordo com ele, em Sinop não foi diferente do resto do Brasil. “Nós não podemos concordar com esse aumento, isso é um absurdo. Se for preciso vamos entrar na justiça para que possamos travar esse reajuste”.
O gestor municipal relatou ainda que sempre deixou bastante claro que discorda da tarifa abusiva cobrada pela concessionária e que, desde que assumiu a prefeitura, está trabalhando para que a população não seja mais prejudicada por um contrato de concessão pública que beneficia apenas a empresa. “Nós estamos, aqui, trabalhando para entregar um Plano de Saneamento, para poder chamar a empresa e cobrar deles que baixe o valor da tarifa. Então, jamais eu vou aceitar esse aumento sem fazer nada”.
O aumento tarifário está previsto em contrato de concessão 096, firmado na administração municipal de 2014, entre a prefeitura e a concessionária Águas de Sinop.