A decisão é da juíza da 2ª vara cível do município, Silvia Renata Anffe de Souza que além do afastamento por 90 dias, solicitou a indisponibilidade de bens do gestor no valor de R$ 2 milhões.
O tucano e o secretário de Administração do município, Aureliano Monteiro Caldas, são acusados de praticar irregularidades em processo de licitação de transporte escolar de Chapada.
“Cabe salientar que os requeritos foram beneficiados diretamente com os contratos e as licitações, eis que, em sua maioria fora, a priori, constatada a sua desnecessidade”, sustentou a magistrada em trecho de sua decisão.
A juíza observou ainda que, se mantido no cargo, o prefeito poderia vir a “influenciar testemunhas ou impedir acesso a documentos, como comprado em depoimento”.
O MPE também pediu a indisponibilidade de bens de sete empresas que têm contratos com supostas irregularidades com a prefeitura. A magistrada, por sua vez, determinou determinou a indisponibilidade dos bens das empresas Transrodex (R$ 63 mil) e da Elijack Transportes (R$ 5.6 mil).
Investigação – Consta na investigação, iniciada em fevereiro de 2013, que a previsão inicial era de um contrato com duração de quatro meses e custou de R$ 487 mil. Passados nove meses, no entanto, o valor chegou a R$ 2 milhões.
“Consequentemente, leva-se a crer que se torna necessária a medida mais drástica para apuração dos supostos crimes de improbidade, com maior rigor e celeridade possível”, alega a juíza.
Outro Lado – A reportagem tentou contato com o prefeito de Chapada, mas as ligações não foram atendidas.