Iniciando a campanha de imunização dos cuiabanos contra a Covid-19, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) defendeu a obrigatoriedade da vacinação. Segundo o chefe do Palácio Alencastro, por ser uma doença altamente transmissível, é necessário pensar no coletivo.
“Creio que deveria ser obrigatória, pois é um assunto de saúde coletiva. Se fosse uma doença que atinge uma pessoa e não tivesse nenhuma responsabilidade com a vida do próximo, daí poderia responder pelos próprios atos”, disse, em conversa com a imprensa.
A obrigatoriedade ou não da vacinação é polêmica nacional. Os contrários a tal medida têm como principal voz o presidente Jair Bolsonaro. Em Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), apresentou um projeto de lei condicionando o acesso a diversos serviços, como concursos públicos, a vacina. Quem não se imunizar, pode acabar sem acesso a uma lista de benefícios. Em contrapartida, o deputado bolsonarista Sílvio Fávero (PSL) prometeu apresentar outro projeto, dessa vez, proibindo qualquer tipo de obrigatoriedade.
Emanuel ainda avalia a possibilidade de obrigar a vacinação entre os profissionais de saúde, grupo prioritário da campanha. “Qual o argumento que se poderia utilizar, se a única forma de combater o coronavírus? Não tem sentido se recusar, principalmente se atende o público”.