A prefeita de Sinop, na região norte do estado, Rosana Martinelli, procurou a Polícia Federal e a Polícia Civil nesta sexta-feira (31) para denunciar uma notícia falsa divulgada nas redes sociais de que o município e uma farmácia de manipulação estão entregando cápsulas de zinco vazias para pacientes em tratamento contra o novo coronavírus.
“É muito grave o que está acontecendo em Sinop, quando uma página faz um fake news, que é crime, atenta contra a idoneidade das pessoas, a honra e, principalmente, coloca em dúvida um trabalho sério, com recursos federais envolvidos", declarou.
Rosana disse que conversou com os delegados e que a Procuradoria Geral do Município vai protocolar formalmente uma queixa-crime contra fake news.
O vídeo mostra uma pessoa abrindo as cápsulas dizendo que o medicamento tinha sido distribuído pela prefeitura.
"Esse é o sulfato de zinco que a prefeitura de Sinop está distribuindo e dentro não tem nada. Todos as cápsulas estão vazias. Sem nada de medicação dentro. É isso que eles estão fazendo, roubando dinheiro dos outros, do governo. O governo está dando dinheiro para eles fazerem e eles fazem com nada dentro", diz.
A prefeitura informou que essa é a segunda vez que é vítima de fake news durante o período de pandemia. Em abril, uma página do Facebook criou um boletim informativo epidemiológico da Covid-19 com dados falsos, o que gerou pânico na cidade.
“Em um momento tão sério, onde estamos trabalhando juntos contra a pandemia, pessoas tiram o seu tempo para colocar o nome e a credibilidade de empresários, duvidando das medicações. Isso não pode acontecer, as pessoas têm que ter responsabilidade do que falam e do que postam. É crime, e a Prefeitura está tomando as devidas providências”, afirmou a prefeita.
De acordo com o município, o protocolo de medicamentos que compõe o kit Covid foi elaborado pela Junta Médica da Secretaria Municipal de Saúde e é entregue aos pacientes, com prescrição médica.
O registro da ocorrência também será feito na Polícia Federal, uma vez que os recursos utilizados pelo município para a compra dos remédios são do governo federal.