Consumidores têm se assustado com o aumento no preço do arroz, ingrediente que não pode faltar na mesa dos brasileiros. Em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, o pacote de 5 kg de arroz custa em média R$ 20. Conforme Iara Oliveira, gerente de um supermercado, os valores foram reajustados de 30% a 40% em agosto deste ano.
“O arroz e feijão não faltam na mesa do brasileiro. Eles (clientes) acabam reclamando, mas diminuíram a quantidade na hora da compra”, diz ela.
A explicação para o aumento no preço do arroz de 64% nos últimos 3 meses é porque as exportações do cereal aumentaram, o que provocou uma diminuição do produto para o consumidor brasileiro. A expectativa agora é que os preços estabilizem.
Conforme João Carlos, diretor de uma indústria que beneficia e comercializa 64 toneladas de arroz, a pandemia de coronavírus teve um reflexo no aumento do consumo.
“Devido à pandemia, as famílias estão comendo mais em casa, evitando aglomerações e investindo o dinheiro mais em alimentação. Nossas vendas aumentaram cerca de 15%. Nesses últimos meses, o preço do arroz subiu porque, além de ter uma procura maior, a produtividade ficou com menos produtores”, disse.
A alta nos preços do feijão e do arroz fez o valor da cesta básica de alimentos disparar também em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Um levantamento do Procon mostrou que cestas básicas mais completas, geralmente com 39 itens, aumentaram 40%.