Joe Stewart, da Dell SecureWorks, e David Shear, pesquisador independente, se embrenharam em fóruns russos de crimes virtuais nos quais são trocados os detalhes financeiros. Por lá, descobriram a desvalorização do serviço.
Segundo a pesquisa, uma conta bancária com valor variando entre US$ 70 mil e US$ 150 mil poderia ser comprada por cerca de US$ 300, ou até menos. Enquanto isso, em 2011, o mesmo valor compraria apenas as credencias de uma conta de US$ 7 mil ou menos.
O que não fica claro é o motivo dos cibercriminosos venderem uma conta bancária com muito mais dinheiro do que o recebido na transação por um valor irrisório. De qualquer forma, esta não foi a única prática que desvalorizou nos últimos anos.
O roubo de informações pessoais também teve o valor derrubado nos últimos tempos. Um "Fullz", como é conhecida internamente a prática de traçar um dossiê de uma vítima específica com todos os seus dados privados, caiu para cerca de metade do preço. Há algum tempo, este dossiê custava US$ 60 para ser feito, e agora saem por US$ 25 para uma vítima dos EUA, ou entre US$ 30 e US$ 40 para um britânico.
Entre as informações contidas neste "Fullz" estão nome completo, endereço, número de telefone, endereço de e-mail com senha, data de nascimento, o equivalente ao CPF de cada país, além de informações bancárias, credenciais bancárias online e informações de cartão de crédito, incluindo as senhas.
De acordo com a pesquisa, agora os criminosos conseguem tantos dados de cartões de crédito tão facilmente, que eles estão se desvalorizando. Como eles têm data de validade, os hackers se veem na obrigação de tomar medidas extremas para conseguirem se livrar de todos eles. Em alguns casos, na hora de negociar, é possível até mesmo oferecer alguns números gratuitos para o comprador testar e, caso funcione, ele pode pagar pelo restante.
Olhar Digital