O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o é preciso “enquadrar” as empresas de apostas esportivas (bets) “de uma vez por todas”, acrescentando que elas estão “ganhando uma fortuna” no Brasil, mas gerando pouco emprego e remetendo os lucros para o exterior.
“O governo anterior tratou as bets como se fossem a Santa Casa de Misericórdia, não cobrou um centavo de imposto durante quatro anos”, disse Haddad em entrevista ao portal Metrópoles. “Bolsonaro, que se diz amante da religião, foi o cara que contribuiu para que o jogo no Brasil tomasse uma dimensão absurda, sem cobrar um centavo de imposto”, acrescentou.
O ministro disse que o Congresso “recebeu bem” a proposta do governo Lula de taxar as bets, mas que acabou votando por um imposto menor que o originalmente sugerido.
“Vamos voltar para a proposta original. Os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui. Que vantagem a gente leva? Tem que tratar a bet na linha do que é cigarro, bebida alcoólica. É difícil de administrar. Há vários casos na história em que quando você proíbe, piora”, acrescentou Haddad.
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