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Atenção senhor (a) editor (a): esta retranca substitui a anterior, enviada às 13h44, que continha uma incorreção no título com um erro de digitação. Segue a repetição do texto com o título correto.
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Os preços dos alimentos recuaram em setembro pelo quarto mês consecutivo, após uma sequência de nove meses de aumentos. De junho a setembro, a queda acumulada em Alimentação e Bebidas foi de 1,17%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“É questão de oferta de alimentos. Estamos com oferta maior de alimentos in natura, então na alimentação no domicílio isso está trazendo pressão para baixo no preço dos alimentos”, disse Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, ponderando que houve desaceleração no ritmo de queda de preços no último mês. “Tem oferta maior, porém já começando uma dinâmica de não mais (tão abundante) como anteriormente. A maior demanda por um ou outro item pode estar provocando isso, mas, de qualquer forma, continua negativo (a variação de preços).”
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um recuo de 0,46% em agosto para uma queda de 0,26% em setembro, uma contribuição de -0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,48% registrada pelo IPCA do último mês.
O custo da alimentação no domicílio caiu 0,41% em setembro, com destaque para as reduções no tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%).
As carnes também recuaram em setembro, -0,12%, e o preço do café caiu pelo terceiro mês seguido, lembrou Gonçalves.
“O café caiu pelo terceiro mês seguido, mas caiu menos em setembro (-0,06%). A gente apurou que a colheita de café foi menor que a esperada, e as exportações se sustentaram, o Brasil conseguiu outras praças de exportação”, disse ele.
Por outro lado, houve aumentos em setembro nas frutas (2,40%) e no óleo de soja (3,57%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,11% em setembro: o lanche aumentou 0,53%, e a refeição fora de casa caiu 0,16%.
Segundo Gonçalves, a maior oferta de alimentos pode ter desacelerado o ritmo de aumento de preços da alimentação fora de casa.
Habitação
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de um recuo de 0,90% em agosto para uma elevação de 2,97% em setembro, maior resultado para o mês desde 1995, quando aumentou 4,51%. O resultado levou a uma contribuição de 0,45 ponto porcentual para a taxa de 0,48% registrada pelo IPCA.
A energia elétrica residencial aumentou 10,31% em setembro, subitem de maior pressão individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,41 ponto porcentual. A elevação foi decorrente do fim do desconto do Bônus de Itaipu, que tinha sido creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. O IBGE lembra que em setembro esteve em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 à conta e luz a cada 100 KWh consumidos.
Houve ainda reajustes nas tarifas nas seguintes regiões: 18,62% em São Luís a partir de 28 de agosto; 15,32% em Vitória em 7 de agosto; e 4,25% em Belém em 7 de agosto.
No ano, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 16,42%, maior impacto individual no IPCA do período, uma contribuição de 0,63 ponto porcentual para a taxa de 3,64% de inflação. No acumulado em 12 meses, a energia elétrica subiu 10,64%, um impacto de 0,44 ponto porcentual no IPCA de 5,17% acumulado no período.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,07%, devido a reajustes de 7,84% em Aracaju em 1º de setembro e de 4,81% em Vitória desde 1º de agosto.
O gás encanado aumentou 0,01%, em decorrência do aumento de 6,41% nas faturas em Curitiba em 1º de agosto, mas redução média de 1,22% nas tarifas do Rio de Janeiro também a partir de 1º de agosto.
Transportes
De acordo com o IBGE, os recuos nos preços da passagem aérea (-2,83%) e do seguro de veículos (-5,98%) mais do que compensaram a pressão do aumento na gasolina em setembro. As despesas das famílias com Transportes passaram de uma queda de 0,27% em agosto para uma alta de 0,01% em setembro, sem contribuição (0,00 ponto porcentual) para a taxa de 0,48% registrada pelo IPCA.
A passagem aérea contribuiu sozinha com -0,02 ponto porcentual para o IPCA de agosto. O seguro voluntário de veículos foi responsável pelo maior alívio na inflação do mês, -0,05 ponto porcentual.
Houve recuos ainda no metrô (-0,64%) e no ônibus urbano (-0,52%), mas aumento no táxi (1,73%).
Os combustíveis ficaram 0,87% mais caros em setembro. O gás veicular recuou 1,24%, mas os demais combustíveis subiram: etanol (2,25%), gasolina (0,75%, impacto de 0,04 ponto porcentual) e óleo diesel (0,38%).
Despesas Pessoais
O grupo Despesas Pessoais saiu de uma alta de 0,40% em agosto para um aumento de 0,51% em setembro, dentro do IPCA. O grupo contribuiu com 0,05 ponto porcentual para a taxa de 0,48% do IPCA do último mês.
As principais pressões partiram do aumento de 2,87% no pacote turístico e de 2,75% no subitem cinema, teatro e concerto – que vinha de uma queda de 4,02% em agosto em razão da promoção pela semana do cinema.
Saúde e Cuidados Pessoais
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais saiu de um avanço de 0,54% em agosto para uma alta de 0,17% em setembro. O grupo contribuiu com 0,02 ponto porcentual para a taxa de 0,48% do IPCA do último mês.
O resultado foi sustentado pelo aumento de 0,50% no plano de saúde, terceira maior pressão individual sobre a inflação de setembro, impacto de 0,02 ponto porcentual, atrás apenas das contribuições de energia elétrica e gasolina.
Vestuário
O grupo Vestuário saiu de um aumento de 0,72% em agosto para uma elevação de 0,63% em setembro. O grupo contribuiu com 0,03 ponto porcentual para a taxa de 0,48% do IPCA do último mês.
As maiores pressões partiram das altas na roupa masculina (1,06%), roupa infantil (0,76%) e roupa feminina (0,36%).