Pré-candidato ao Governo de São Paulo, o presidente estadual do PT, Luiz Marinho, teve que correr à Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (21), para deter o lançamento da candidatura do ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá ao Palácio dos Bandeirantes.
O lançamento do nome de Pietá poderia abrir uma disputa interna no PT, o que levaria à convocação de prévias partidárias.
Para debelar a crise, Marinho se comprometeu apoiar a campanha pela reeleição de todos os deputados petistas que não integrem sua corrente partidária, a CNB (Construindo um Novo Brasil). Os parlamentares vinham se queixando de tratamento desigual por parte do comando petista.
Aos dissidentes, Marinho disse ainda que tem maior capacidade aglutinativa que o ex-prefeito Fernando Haddad.
A maratona de Marinho começou pela manhã.
Ao saber que uma ala dissidente organizara uma reunião para anunciar a candidatura de Pietá, Marinho organizou às pressas duas reuniões.A primeira com os dirigentes da tendência Optei, entre eles o deputado estadual José Américo Dias.
A pedido de Marinho, Zé Americo convidou, então, os articuladores do movimento de oposição para uma segunda reunião.
Pela tarde, tentou demover Pietá. Reunido com os deputados João Paulo Rillo e Carlos Neder, afirmou que seriam incorporados à campanha ainda que tenham boicotado o pré-lançamento de sua candidatura no início do mês.
Marinho concordou ainda em oficializar a candidatura do vereador Eduardo Suplicy ao Senado.
O PT poderá lançar dois candidatos ao Senado. E chegou a marcar o anúncio da candidatura do Suplicy para o início de dezembro.
Existem outros dois petistas interessados em concorrer: a vereadora Juliana Cardozo e o ex-deputado Jilmar Tatto.
Jilmar tem apoio do grupo político de Marinho. Juliana conta com o suporte de outras correntes internas, inclusive Suplicy.
No pré-lançamento da candidatura de Marinho, Suplicy defendeu abertamente o nome de Juliana. Em retaliação, a formalização da candidatura de Suplicy foi adiada.
Essa atitude de Marinho provocou reação de petistas. Nesta quinta-feira, o presidente do PT prometeu reavaliar essa decisão.
Questionado por Pietá sobre o futuro de Haddad, Marinho afirmou que gostaria que o ex-prefeito concorresse a um cargo em 2018.
Marinho frisou, porém, que tem maior condições de unificar o partido. "Se fosse Haddad, eu abriria mão de disputar em favor dele. Mas não é o caso", disse Marinho.